DA REPORTAGEM LOCAL

Na decisão dos times desfigurados, venceu quem mexeu menos.
Jogando em casa, o Ourinhos derrotou ontem à noite o Americana por 69 a 63, fechou a série final em 3 a 1 e conquistou seu terceiro título do Paulista feminino.
A equipe já havia levado o troféu em 2000 e 2002. Em 2001 e 2003, perdeu o campeonato exatamente para o Americana. No ano passado, também foi derrotada pelo arqui-rival na decisão do Nacional. "Não ficou sentimento de vingança. Isso atrapalha. Viemos para o jogo pensando no agora e não no que aconteceu no ano passado", afirmou Janeth.
A ala foi uma das jogadoras que chegaram ao time apenas para os mata-matas. A outra foi a pivô Cíntia Tuiú. E essa foi a tônica da decisão: escalações bem diferentes em relação àquelas que jogaram as partidas classificatórias.
Isso foi possível por causa de uma brecha no regulamento, que permitia a contratação de reforços apenas para os mata-matas.
No Americana, foram três os reforços de última hora: a ala-armadora Claudinha, a ala Valdemoro e a ala-pivô Graziane. O técnico Paulo Bassul ainda precisou mexer onde não queria. Sua armadora titular, Jacqueline torceu o joelho direito dias antes das finais.
Coincidência ou resultado da maior estabilidade do grupo, Ourinhos começou bem no mata-mata decisivo. Em casa, ganhou o primeiro jogo por 90 a 67. No sábado, em Americana, viu a reação do rival: 78 a 75 e empate na série.
A disparada do Ourinhos para o título começou no domingo: mesmo na casa do adversário, venceu por 77 a 74 e abriu 2 a 1.
Ontem, começou atrás no placar, mas conseguiu virar, apoiada principalmente em Janeth, cestinha do jogo, com 26 pontos. A ala pegou ainda seis rebotes e conseguiu cinco assistências. Pelo lado do Americana, o destaque ontem foi Sil, que fez 18 pontos.
"Acho que a gente estava mais focado. As meninas mereciam esse título pela determinação que mostraram o tempo todo", disse o técnico do Ourinhos, Antônio Carlos Vendramini.


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