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Para Platini,
favorito é
quem indaga
DO ENVIADO A MUNIQUE
Michael Platini responde à pergunta sem pestanejar: "A Itália é favorita
para vencer a Copa".
O jornalista que elaborou a questão, um italiano,
agradece e se retira. Chega
em seguida outro repórter, desta vez espanhol, e
pede um comentário sobre o elenco de seu país.
"Muito bom", devolve o
ex-jogador. "É o favorito
para ganhar o título."
O ídolo francês não
enlouqueceu. Apenas desenvolveu uma técnica para agradar a todos os
membros da imprensa que
solicitavam sua atenção.
Ontem, em Munique,
reunido com outros 108
campeões da Copa que receberam homenagens no
dia de abertura do 56º
Congresso da Fifa, o ex-jogador explicou a atitude.
"Eu faço assim: pergunto de onde é o jornalista e
digo que o país dele é o favorito. Alemão, argentino,
italiano, todos. Hoje até
veio um cara da Polônia,
que tem um time ruim, e
eu disse que eles eram favoritos", afirma.
Platini jogou três edições do Mundial, mas
nunca se sagrou campeão.
E organizou a Copa de
1998. Ele acredita, assim,
que todos querem ouvir
dele, experiente no torneio, um palpite favorável.
"Não gosto de ficar dizendo que uma seleção
não tem chances. Pode ser
frustrante", diz.
Um boliviano, porém,
quase derrubou o estratagema do ex-craque -a Bolívia não está na Copa. "Esta Copa está muito equilibrada. Talvez seja a mais
equilibrada da história.
Não dá para prever o que
vai acontecer", escapou.
(GUILHERME ROSEGUINI)
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