São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2006

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Para Platini, favorito é quem indaga

DO ENVIADO A MUNIQUE

Michael Platini responde à pergunta sem pestanejar: "A Itália é favorita para vencer a Copa".
O jornalista que elaborou a questão, um italiano, agradece e se retira. Chega em seguida outro repórter, desta vez espanhol, e pede um comentário sobre o elenco de seu país. "Muito bom", devolve o ex-jogador. "É o favorito para ganhar o título."
O ídolo francês não enlouqueceu. Apenas desenvolveu uma técnica para agradar a todos os membros da imprensa que solicitavam sua atenção.
Ontem, em Munique, reunido com outros 108 campeões da Copa que receberam homenagens no dia de abertura do 56º Congresso da Fifa, o ex-jogador explicou a atitude.
"Eu faço assim: pergunto de onde é o jornalista e digo que o país dele é o favorito. Alemão, argentino, italiano, todos. Hoje até veio um cara da Polônia, que tem um time ruim, e eu disse que eles eram favoritos", afirma.
Platini jogou três edições do Mundial, mas nunca se sagrou campeão. E organizou a Copa de 1998. Ele acredita, assim, que todos querem ouvir dele, experiente no torneio, um palpite favorável.
"Não gosto de ficar dizendo que uma seleção não tem chances. Pode ser frustrante", diz.
Um boliviano, porém, quase derrubou o estratagema do ex-craque -a Bolívia não está na Copa. "Esta Copa está muito equilibrada. Talvez seja a mais equilibrada da história. Não dá para prever o que vai acontecer", escapou. (GUILHERME ROSEGUINI)


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