Grand Slam terá decisão entre Justine Henin-Hardenne e Svetlana Kuznetsova

Em um tênis cada vez mais dominado pelas jogadoras altas, Roland Garros terá final com altura média de 1,70 m, a menor desde 1983

TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Se as tenistas de elite têm usado cada vez mais a alta estatura para obter sucesso nas quadras, o Aberto da França vai contrariar esta tendência atual.
Duas "baixinhas" decidirão o título do Grand Slam francês, neste sábado. A belga Justine Henin-Hardenne, de 1,67 m, enfrentará a russa Svetlana Kuznetsova, de 1,74 m.
Em abril, levantamento da Folha mostrava que as campeãs da raquete vinham crescendo três centímetros a cada cinco anos. E que, no atual top 10, a altura média era de 1,78 m.
Em Paris, porém, a final terá média de altura de 1,70 m -a mais baixa desde 1983, quando a norte-americana Chris Evert, de 1,68 m, bateu a iugoslava Mima Jausovec, de 1,60 m. Uma decisão com média de 1,64 m.
De 1984 a 1986, quando Martina Navratilova e Chris Evert se enfrentaram na final no saibro francês, a altura média foi a mesma da edição atual: 1,70 m.
Henin-Hardenne, que busca o bicampeonato em Roland Garros, cedeu apenas cinco games à compatriota Kim Clijsters, 1,75 m, na semifinal, vencendo por 6/3 e 6/2, em jogo de uma hora e nove minutos.
Clijsters, que completou 23 anos ontem, chegaria ao topo do ranking em caso de vitória. Após a derrota, restou elogiar a rival: "Henin-Hardenne hoje é, de longe, a melhor jogadora no saibro", cumprimentou.
Kuznetsova, número dez do ranking, chega à sua primeira final de Roland Garros. Ela superou a tcheca Nicole Vaidisova, 17, por 5/7, 7/6 (5) e 6/2.
Vaidisova, 1,83 m, cuja beleza chegou a ser comparada à de Maria Sharapova, chorou ao deixar a quadra. Kuznetsova, agora, luta para reverter o mau histórico contra Henin-Hardenne: uma vitória em 11 jogos.


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