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Basquete inicia seletiva olímpica mundializada
Torneio feminino, que era continental até Atenas-04, busca corrigir distorções
Nova fórmula não evita que times mais badalados, como Brasil e a anfitriã Espanha, convivam com equipes de pouca expressão mundial
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quatro jogos -ainda sem a
seleção feminina em quadra-
abrem hoje o Pré-Olímpico
Mundial de basquete. O torneio, disputado em Madri, distribui as cinco últimas vagas na
Olimpíada de Pequim-08.
A mundialização da seletiva
busca satisfazer, em parte, as
reivindicações dos países.
"O ideal era que tivéssemos
mais vagas na Olimpíada. Hoje,
dentro da nossa realidade, 12 é
pouco", diz Patrick Baumann,
secretário-geral da Federação
Internacional de Basquete.
A reclamação do basquete é
antiga, mas tem pouca chance
de ser atendida. Das 12 vagas
atuais, uma fica com o campeão
mundial -a Austrália- e outra
vai para o país-sede -a China.
Mais cinco lugares ficaram
com os campeões das seletivas
continentais: Coréia do Sul
(Ásia), EUA (América), Mali
(África), Nova Zelândia (Oceania) e Rússia (Europa).
Com a criação do Pré-Olímpico Mundial, a Fiba tenta diminuir injustiças. Anteriormente a divisão de vagas entre os continentes obedecia às posições do Mundial anterior.
Tal partilha dava abertura a
aberrações. Em Atenas-04, europeus e americanos criticaram o excesso de asiáticos na
Olimpíada. Argumentavam
com o sofrível desempenho: os
representantes do continente
finalizaram o torneio em três
das quatro últimas posições.
O problema é que a nova fórmula deu vazão a novas distorções. Na Espanha, seleções badaladas como a anfitriã, vice-campeã européia, e o Brasil,
quarto colocado nos últimos
Mundial e Olimpíada, conviverão com rivais modestos como
Fiji, Taiwan, Japão e Angola.
"Acho que tem que haver essa representatividade dos continentes. Não sou contra a presença de equipes assim no Pré-Olímpico Mundial", pondera
Paulo Bassul, técnico do Brasil.
Porém, o torneio é criticado
por ser de tiro curtíssimo.
Após passar pela primeira fase, dividida em quatro grupos
de três países, as equipes jogam
sua participação na Olimpíada
em só uma partida nas quartas-de-final, que serão realizadas
na cabalística sexta-feira 13.
"Vai ser difícil controlar a ansiedade. Será uma partida nervosa", teme a ala Valdemoro,
principal estrela da Espanha.
Quem vencer já garante lugar
na Olimpíada. Ou seja, após
três duelos, é possível assegurar participação em Pequim. Os
derrotados irão para o "purgatório" da repescagem, no sábado e domingo, no qual será disputada a última vaga olímpica.
Não bastasse isso, o Brasil
caiu na chave mais difícil. Após
a primeira fase, a seleção feminina deve enfrentar Cuba ou
Belarus nas quartas-de-final.
A Argentina, o outro país sul-americano no sorteio dos grupos, deve pegar Japão ou Senegal, times menos perigosos.
Independentemente disso, a
seleção feminina é o maior
trunfo da confederação nacional. O time tem assegurado o
basquete do país na Olimpíada,
já que o masculino não vai aos
Jogos desde Atlanta-96.
E, na seletiva para Pequim,
sem Leandrinho, Nenê e Anderson Varejão, os homens terão só três vagas em disputa em
seu Pré-Olímpico Mundial.
NA TV - Espanha x Fiji
ESPN e TV Esporte Interativo,
ao vivo, às 7h45
NA TV - Rep. Tcheca x Argentina
ESPN Brasil e TV Esporte
Interativo, ao vivo, às 15h
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