São Paulo, segunda-feira, 09 de julho de 2007

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PAINEL FC

RICARDO PERRONE - painelfc.folha@uol.com.br

Xeque-mate

A crise na Polícia Civil de SP, detonada pela investigação sobre a máfia dos caça-níqueis, ampliou a pressão de cartolas paulistas por reformulação no TJD. Querem trocar delegados por gente mais ligada ao esporte. Ao menos 8 de 24 membros do tribunal estão na polícia. O auditor do TJD Youssef Abou Chahin, chefe do Deic, gerou polêmica por conciliar o cargo na polícia com sociedade em firma de segurança. O TJD é independente da FPF, mas Marco Polo Del Nero é tido como quem abriu a porta aos policiais.

Unha e carne. Advogado, Del Nero tem no círculo de amigos vários delegados. E sua filha estuda para ser delegada. A FPF nega interferir na indicação dos membros do TJD, o qual ele já presidiu.

Para o gasto. Colaboradores de Ricardo Teixeira argumentam que Dunga está na medida dos interesses atuais do cartola. Seria desperdício pagar um técnico top para jogar amistosos, a Copa América e fazer atletas como Robinho deslancharem na seleção.

Boi de piranha. Com Dunga, além de economizar dinheiro, a CBF evita o risco de desgastar um treinador caro durante o longo caminho até a Copa de 2010.

Sentença. De José Henrique Coelho, líder da oposição do Vasco, após ver as finanças do clube: "O patrimônio já é negativo. Se vendermos São Januário e tudo o que temos, não pagamos as dívidas".

Rompidos. Cartolas do Clube dos 13 justificam a decisão de tentar falar direto com Lula sobre a Timemania por avaliarem que não há diálogo com o Ministério da Fazenda, que é contra a emenda que desobriga times de confessarem dívidas questionadas na Justiça antes da adesão à loteria.

Já era. Para pagar os atletas na última sexta, o Corinthians usou o dinheiro da ida de Marcelo Mattos para a Grécia antes de recebê-lo. Negociou com um banco a liberação de R$ 4 milhões mediante documentos que asseguram que esse valor chegará pela venda.

O preço da pressa. Os corintianos darão ao menos R$ 40 mil de taxa para o banco. Se esperassem a operação de câmbio para usar o dinheiro vindo do exterior, não pagariam o time antes de quarta.

Peneira. O Palmeiras calcula que em seis meses passaram pelo clube cem atletas interessados em jogar no time B ou na equipe júnior do clube. A maioria foi dispensada.

Nativo. O ex-jogador de vôlei Bernard, um dos chefes da missão brasileira no Pan, minimiza a reclamação dos atletas sobre a presença de mosquitos nos apartamentos da Vila. "Moro na Barra há 22 anos, sempre teve mosquito. É só saber lidar com eles."

Bairrismo. Ruy Cézar, secretário da Prefeitura do Rio no Pan, desfila nas instalações do evento com uma camisa que traz a inscrição "O Pan é carioca". Vai na contramão do governo federal, que tenta nacionalizar a competição.

Dividida

"Devem estar cegos pela oposição. Apostaram no pior e perderam. Um conselho: roerem as unhas"


Do prefeito do Rio, CESAR MAIA, sobre críticas de Stepan Nercessian (PPS) e outros vereadores ao legado que o Pan deixará para a cidade


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