São Paulo, quarta-feira, 09 de julho de 2008

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Pequim ganha ouro, com ressalvas

Coordenador do COI fala em padrão de qualidade para o futuro, mas cobra promessas dos organizadores da Olimpíada

Em ato de inauguração do centro de mídia, dirigente afirma que o período para preparação chegou ao fim; Jogos começam em 30 dias


DA REPORTAGEM LOCAL

Às vésperas da abertura da Olimpíada, a organização recebeu uma medalha de ouro do COI. E algumas cobranças.
Ontem, em solenidade que marcou a inauguração do principal Centro de Imprensa dos Jogos de Pequim, Hein Verbruggen, presidente da Comissão de Coordenação do evento, elogiou o que foi feito. Mas cobrou promessas.
"Na capital chinesa é possível sentir entusiasmo e ansiedade. A cidade se sente pronta e parece pronta, com as atordoantes instalações todas completas. A qualidade da preparação, as condições dos locais de competição e a atenção aos detalhes operacionais desses Jogos estabeleceram um padrão de ouro para o futuro", declarou o membro sênior do COI.
"O tempo de preparação acabou", ressalvou ele, antes de começar a apontar alguns problemas que têm que ser solucionados antes da cerimônia de abertura dos Jogos, que acontece dentro de 30 dias.
"Agora é o período de operação. E isso significa que temos que oferecer a todos os envolvidos -incluindo a mídia, obviamente- o que foi prometido."
Apesar de pontuar que permanecem abertos "um número bastante pequeno de questões", Verbruggen, que acompanhou o gasto chinês de US$ 40 bilhões nas instalações olímpicas, declarou que o COI está satisfeito com o trabalho do comitê organizador.
As reprimendas ficaram por conta de três questões: a qualidade do ar de Pequim, liberdade de imprensa e a conclusão de duas novas linhas de metrô.
A poluição -fato que preocupa também os chineses, conforme relato da porta-voz do comitê organizador à Folha no domingo- estava particularmente evidente ontem.
Verbruggen e Liu Qi, secretário do Partido Comunista em Pequim e presidente do comitê organizador, estavam envoltos em uma névoa cinzenta que limitava a visibilidade a alguns metros (e a autoridade ambiental da cidade classificou a qualidade do ar como "boa").
Quanto às restrições à mídia, a controvérsia gira acerca da autorização para transmitir ao vivo da praça da Paz Celestial -que os chineses temem virar um palco de protestos.
Detentora dos direitos de transmissão de TV, a norte-americana NBC debate há meses com burocratas de segurança chineses normas para caminhões com transmissores via satélite trafegarem livremente em toda a cidade .


Com agências internacionais


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