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Pequim ganha ouro, com ressalvas
Coordenador do COI fala em padrão de qualidade para o futuro, mas cobra promessas dos organizadores da Olimpíada
Em ato de inauguração do centro de mídia, dirigente afirma que o período para preparação chegou ao fim; Jogos começam em 30 dias
DA REPORTAGEM LOCAL
Às vésperas da abertura da
Olimpíada, a organização recebeu uma medalha de ouro do
COI. E algumas cobranças.
Ontem, em solenidade que
marcou a inauguração do principal Centro de Imprensa dos
Jogos de Pequim, Hein Verbruggen, presidente da Comissão de Coordenação do evento,
elogiou o que foi feito. Mas cobrou promessas.
"Na capital chinesa é possível
sentir entusiasmo e ansiedade.
A cidade se sente pronta e parece pronta, com as atordoantes
instalações todas completas. A
qualidade da preparação, as
condições dos locais de competição e a atenção aos detalhes
operacionais desses Jogos estabeleceram um padrão de ouro
para o futuro", declarou o
membro sênior do COI.
"O tempo de preparação acabou", ressalvou ele, antes de começar a apontar alguns problemas que têm que ser solucionados antes da cerimônia de abertura dos Jogos, que acontece
dentro de 30 dias.
"Agora é o período de operação. E isso significa que temos
que oferecer a todos os envolvidos -incluindo a mídia, obviamente- o que foi prometido."
Apesar de pontuar que permanecem abertos "um número
bastante pequeno de questões", Verbruggen, que acompanhou o gasto chinês de US$
40 bilhões nas instalações
olímpicas, declarou que o COI
está satisfeito com o trabalho
do comitê organizador.
As reprimendas ficaram por
conta de três questões: a qualidade do ar de Pequim, liberdade de imprensa e a conclusão de
duas novas linhas de metrô.
A poluição -fato que preocupa também os chineses, conforme relato da porta-voz do comitê organizador à Folha no
domingo- estava particularmente evidente ontem.
Verbruggen e Liu Qi, secretário do Partido Comunista em
Pequim e presidente do comitê
organizador, estavam envoltos
em uma névoa cinzenta que limitava a visibilidade a alguns
metros (e a autoridade ambiental da cidade classificou a
qualidade do ar como "boa").
Quanto às restrições à mídia,
a controvérsia gira acerca da
autorização para transmitir ao
vivo da praça da Paz Celestial
-que os chineses temem virar
um palco de protestos.
Detentora dos direitos de
transmissão de TV, a norte-americana NBC debate há meses com burocratas de segurança chineses normas para caminhões com transmissores via
satélite trafegarem livremente
em toda a cidade .
Com agências internacionais
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