São Paulo, sexta-feira, 09 de agosto de 2002

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Atleta quer que lembrem gol em arquiinimigo

DA REPORTAGEM LOCAL

"O mais difícil nessa profissão é jogar com tua própria torcida te vaiando. Eu só conheço um jogador que aturou tantos anos isso e continuou em frente: o Galeano." A frase é do meia Zinho, que chega pela terceira vez ao Palmeiras, quando não vai mais avistar o companheiro de outras campanhas.
"Galha", a melhor denominação que ganhou dos torcedores, ficou com seu passe livre e, mesmo tendo contrato até final de setembro, rumou para o Rio de Janeiro e para o Botafogo.
Sai aos 30 anos de idade como o décimo colocado entre os atletas que mais vestiram a camiseta verde do Parque Antarctica. "Sei que parte dos palmeirenses não gostavam do meu trabalho, mas espero entrar na história do time pelo esforço e pelos gols", afirmou.
De preferência, ele quer que se recordem do gol sobre o Corinthians nas semifinais da Taça Libertadores-2000. "Foi meu momento mais marcante no clube", completou.
Galeano, referência loira para os palavrões palmeirenses, começou na equipe em 1989 e por lá ficou até 1992, época em que o time ainda enfrentava o jejum de títulos. Enquanto o time sagrava-se bicampeão paulista e brasileiro no biênio 1993-94, Galeano passou pelo Rio Branco, de Americana (SP), e o Juventude-RS.
Em 1996, retornou no Paulista vencido de forma invicta. Seus maiores títulos no clube foram a Copa do Brasil de 1998 e a Taça Libertadores de 1999.
No meio dos troféus, ouviu muitas vaias. "A torcida também me deu muito carinho. E vai ser isso o que vou lembrar."
Foram, no total, 11 temporadas no Palmeiras, marcando 26 gols (19 deles de cabeça). Como o marcado no arqui-rival Corinthians em 2000. (RB)



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