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Atleta quer que
lembrem gol em arquiinimigo
DA REPORTAGEM LOCAL
"O mais difícil nessa profissão é jogar com tua própria torcida te vaiando. Eu só conheço
um jogador que aturou tantos
anos isso e continuou em frente: o Galeano." A frase é do
meia Zinho, que chega pela terceira vez ao Palmeiras, quando
não vai mais avistar o companheiro de outras campanhas.
"Galha", a melhor denominação que ganhou dos torcedores, ficou com seu passe livre e,
mesmo tendo contrato até final
de setembro, rumou para o Rio
de Janeiro e para o Botafogo.
Sai aos 30 anos de idade como o décimo colocado entre os
atletas que mais vestiram a camiseta verde do Parque Antarctica. "Sei que parte dos palmeirenses não gostavam do
meu trabalho, mas espero entrar na história do time pelo esforço e pelos gols", afirmou.
De preferência, ele quer que
se recordem do gol sobre o Corinthians nas semifinais da Taça Libertadores-2000. "Foi
meu momento mais marcante
no clube", completou.
Galeano, referência loira para
os palavrões palmeirenses, começou na equipe em 1989 e por
lá ficou até 1992, época em que
o time ainda enfrentava o jejum de títulos. Enquanto o time sagrava-se bicampeão paulista e brasileiro no biênio 1993-94, Galeano passou pelo Rio
Branco, de Americana (SP), e o
Juventude-RS.
Em 1996, retornou no Paulista vencido de forma invicta.
Seus maiores títulos no clube
foram a Copa do Brasil de 1998
e a Taça Libertadores de 1999.
No meio dos troféus, ouviu
muitas vaias. "A torcida também me deu muito carinho. E
vai ser isso o que vou lembrar."
Foram, no total, 11 temporadas no Palmeiras, marcando 26
gols (19 deles de cabeça). Como
o marcado no arqui-rival Corinthians em 2000.
(RB)
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