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BOXE
Equipe de americano que tirou invencibilidade de brasileiro acertara dar segunda chance caso conquistasse cinturão
Popó se apega a revanche após 1ª derrota
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
Popó, 28, já fala em revanche
menos de 24 horas após ter perdido a invencibilidade e o cinturão
dos leves (até 61,2 kg) da OMB para o norte-americano Diego Corrales, em Mashantucket (EUA).
A Folha apurou que Corrales,
26, teve a oportunidade de desafiar Acelino Freitas, 28, após um
pré-acerto entre seu promotor,
Gary Shaw, e a equipe de Popó para que o norte-americano fosse
obrigado a conceder uma revanche caso ganhasse o título.
A materialização de um segundo combate entre o brasileiro e
Corrales, porém, esbarra na viabilidade comercial -a rede norte-americana de TV a cabo Showtime também teria de estar interessada em transmitir novo duelo.
""Não vou ter um dia de descanso nesta preparação", disse Popó,
em alusão à revanche, por meio
de sua assessoria de imprensa.
""É possível [que saia uma revanche], mas não vou falar com
Shaw sobre isso no futuro próximo", analisou Arthur Pelullo,
promotor do brasileiro, que no
próximo mês se reunirá com o
brasileiro para discutir o futuro.
Um cenário que foi discutido
logo depois do combate é que o
baiano retorne ao ringue em dezembro ou janeiro, segundo a
mulher de Popó, Eliana Guimarães. Ela foi conduzida à arena do
Foxwoods Casino em cadeira de
rodas, já que foi submetida a uma
intervenção cirúrgica de emergência na quarta passada por causa de problemas no apêndice.
Horas depois da derrota para o
norte-americano, Popó demonstrava bom humor, apesar de ter
deixado o ringue sem dar entrevista e ter faltado à coletiva de imprensa. O brasileiro queria comemorar os cinco anos como campeão -havia ganhado o cinturão
dos superpenas da OMB em 1999.
Quando amigos se despediram
dele depois de visitá-lo em seu
quarto, o brasileiro respondeu
com ""até minha próxima luta".
Ele argumentava que até grandes campeões como Eder Jofre e
Ayrton Senna haviam perdido.
A Folha acompanhou parte do
diálogo por meio de celular que
um de seus visitantes esqueceu de
desligar. Eliana procurava consolar o marido com o argumento de
que ""qualquer um pode ter um
péssimo dia". As conversas não se
concentravam só no combate,
mas em trivialidades, como a comemoração do Dia dos Pais.
Depois que foi deixado pelos visitantes, o brasileiro manifestou
seu desejo de cochilar. Mas antes
que pudesse fazê-lo, foi obrigado
por sua equipe a ir para um hospital para realizar check-up. Na seqüência embarcaria para Nova
York, para fazer conexão para o
Brasil, onde desembarca hoje.
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