São Paulo, quinta-feira, 09 de agosto de 2007

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arrancada

Feio, São Paulo vence e dispara

Equipe joga mal, mas supera o Botafogo no Maracanã e abre cinco pontos de vantagem na liderança

Rafael Andrade/Folha Imagem
Ao lado de Borges, Leandro festeja seu gol, o segundo no triunfo do São Paulo no Maracanã


Botafogo 0
São Paulo 2

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, tinha razão quando disse que a partida de ontem no Maracanã não poderia ser considerada uma final antecipada. Seu válido argumento era que ainda há meio campeonato a ser disputado.
Quem viu o jogo de ontem, de parcas emoções, concordaria que houve muito pouco futebol digno de uma final. Demorou para que o espectador se convencesse de que os dois melhores times do país atuavam ali.
O saldo final foi que a competitividade são-paulina de fato supera as dificuldades que o time tem para chegar ao gol adversário. O futebol nada vistoso da equipe de Muricy não significou falta de perigo e foi suficiente para abrir cinco pontos de vantagem sobre o Botafogo.
Pelo lado alvinegro, o nervosismo e a ausência de Zé Roberto, afastado da equipe por indisciplina, foram determinantes para que a queda do time de Cuca, cujo belo futebol fora elogiado até pelo rival Muricy.
Sim, enfrentavam-se o líder e o vice-líder do Brasileiro. Mas o primeiro grande lance do jogo só surgiu aos 2min do segundo tempo, numa cobrança de falta que o botafoguense Juninho cabeceou, e Rogério defendeu, para alívio das câmeras.
O lado bom até ali foi um jogo de poucas faltas. O primeiro tempo foi de nove cometidas pelo Botafogo e dez pelo São Paulo. No segundo tempo, porém, o clima esquentou, culminando com a expulsão do botafoguense Túlio, que acertou um chute no rosto de Leandro.
Mais triste ainda foi a falta de penetração de ambos os lados. Com defesas bem postadas, formadas por trios de defensores, chegar dentro da área adversária era uma dificuldade para as equipes. Tanto que, das cinco conclusões executadas pelo São Paulo, todas saíram de fora da área. E todas erradas.
Tinha mais iniciativa o Botafogo, que jogava em casa e precisava vencer para retomar a liderança, mas, no primeiro tempo, também ficou devendo futebol. Foram oito disparos e só dois que chegaram às mãos de Rogério. Ambos também de fora da grande área tricolor.
No segundo tempo, sem dúvida que Rogério foi mais exigido. Aos 10min, o goleiro teve que se esticar para cortar uma cobrança de falta.
Mas sem esperanças com o time que tinha em campo -já com uma alteração, Hernanes no lugar de Reasco, lesionado desde os 30min do primeiro tempo-, Muricy optou por tirar Dagoberto e pôr Júnior.
Não faltou também o lance polêmico para que os são-paulinos se queixassem de Carlos Eugênio Simon, protestado pelos cartolas no início da semana. Numa conclusão de Jorge Wagner ao gol de Marcos Leandro, a bola bateu no braço de Leandro Guerreiro e saiu.
Mas o decorrer do jogo faria os são-paulinos esquecerem o árbitro. Aos 19min, Alex Silva acertou cabeçada em escanteio de Jorge Wagner, sem chances para o goleiro do Botafogo.
Aos 28min, a fatura foi liquidada. Leandro chutou, e a bola passou por baixo de Marcos Leandro -mais um "amaldiçoado" na baliza botafoguense, que já fez Júlio César perder a vaga e o preparador de goleiros Acácio ser demitido. Entre um gol e outro, Túlio foi expulso.
Apesar de correto, o lance foi o primeiro dos que acabaram voltando os botafoguenses contra Simon. O árbitro gaúcho não viu a falta de Júnior em Juninho no lance do segundo gol.
Agora, no sábado, o São Paulo recebe o Atlético-PR. O Botafogo joga no domingo, em Florianópolis, contra o Figueirense.


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