São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2008

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Defesa expõe decadência do São Paulo

Equipe, que só sofreu 19 gols em todo o Brasileiro do ano passado, já foi vazada 20 vezes em 18 jogos neste campeonato

O técnico Muricy Ramalho credita o maior número de gols tomados às constantes mudanças na escalação do time e à tabela apertada


Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O goleiro Rogério faz defesa durante treinamento com chuva no CT da Barra Funda; ele tem três gols marcados no Brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

A defesa que assegurou o São Paulo como campeão brasileiro em 2007 está longe de ajudar a ganhar o título em 2008.
No ano passado, o time fez de seu sistema defensivo o ponto alto da campanha. A equipe terminou o primeiro turno com apenas sete gols sofridos em 19 jogos (0,36 gol por confronto) .
Ao fim do campeonato, a média aumentou, mas continuou satisfatória: 19 tentos em 38 partidas -0,50 gol por jogo.
Já em 2008, a defesa está longe de ser o destaque. Até aqui, a retaguarda são-paulina levou 20 gols nas 18 partidas que realizou pelo primeiro turno da competição. Só para efeito de comparação, o Grêmio, equipe menos vazada e líder do campeonato, sofreu 12 tentos.
Mas, para Muricy Ramalho, a vulnerabilidade do setor defensivo tem justificativas. "Tivemos várias mexidas na escalação. Estamos sofrendo gols porque estamos mudando demais a equipe", afirmou.
O treinador apontou ainda o calendário apertado no mês de agosto e a perda de atletas importantes como complicadores na campanha da equipe.
O zagueiro Miranda, que se contundiu na partida contra o Náutico, está fora do elenco há oito partidas e deve ficar mais duas semanas ausente.
Alex Silva, convocado para a seleção olímpica, assim como o volante Hernanes, e a má fase do zagueiro Juninho ampliaram os problemas de Muricy para deixar o sistema defensivo mais consistente.
"Como a gente não tem mais tempo de treinar, porque agora é jogo no meio e no final de semana, é difícil o jogador se recuperar. E temos de continuar trabalhando", disse Muricy.
E a preocupação com o sistema defensivo se faz notar até mesmo pelo plano de ação da diretoria para reforçar o elenco. Com a ameaça de perder os zagueiros Alex Silva e Miranda, além do volante Hernanes, para o futebol europeu, Rodrigo e Anderson chegaram ao clube.
"São jogadores experientes e prontos para agüentar a pressão que é jogar no São Paulo", o também zagueiro André Dias, que deve formar com os dois companheiros o trio de zaga diante do Goiás.
Para o goleiro Rogério, é hora de superar as dificuldades. "Não teve jogo fácil, nem mesmo os que tiveram maior placar como o Vasco [4 a 0] e Atlético-MG [5 a 1]. Temos que vencer o Goiás para melhorar nosso aproveitamento.
(TONI ASSIS)



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