São Paulo, quinta-feira, 09 de setembro de 2004

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Mesmo sem munição, Santos segura ponta

DA REPORTAGEM LOCAL

O jogo que era tratado como uma final antecipada do Brasileiro acabou não tendo vencedor ontem à noite, na Vila Belmiro.
O Santos, que jogou sem Elano, Deivid e Robinho, responsáveis por 59,1% dos gols da equipe na competição, ficou no 1 a 1 com o Atlético-PR, chegou aos 52 pontos, assim como o seu adversário, mas segue na ponta por ter mais vitórias no torneio do que os paranaenses: 16 contra 15.
Os gols do jogo foram marcados no segundo tempo. Marinho anotou o dos visitantes, enquanto Basílio empatou para a equipe de Vanderlei Luxemburgo.
As ausências de Elano, Robinho e Deivid mudaram a cara e o jeito do Santos dentro de campo. O time sentiu a perda do seu trio e ficou refém de Ricardinho -muito visado pela marcação- para tentar chegar ao gol adversário.
O Atlético-PR, que ontem atuou sem o seu principal jogador, o atacante Dagoberto, veio disposto a travar o Santos -o treinador Levir Culpi escalou cinco jogadores no meio-de-campo.
Sem opção para as jogadas de ataque, o Santos se limitava a troca de bolas na intermediária. Mais acionado no primeiro tempo, com 24 bolas, Ricardinho bem que tentava, mas não achava espaço na defesa paranaense.
Mais efetivo em campo, o Santos não se importou em apelar para o jogo violento -cometeu 18 faltas contra 12 do rival.
Já o Atlético-PR tinha a sua principal jogada nos contra-ataques, puxados, em sua maioria, pelo centroavante Washington.
Mas, se no primeiro tempo os dois times foram apáticos, na etapa final o ritmo foi outro. Logo aos 2min, após cruzamento da direita na área santista, Marcão cabeceou, e o zagueiro Marinho mergulhou de peixinho para fazer 1 a 0 para o Atlético-PR.
A resposta do Santos foi imediata. Após enfiada de bola de Marcinho, Basílio completou dentro da área para empatar e enlouquecer a torcida santista na Vila Belmiro.
O Santos então partiu para cima, e o Atlético-PR passou a acionar o seu contra-ataque, além de jogadas de cruzamento visando o grandalhão Washington.
Aos 7min, o Santos voltou a balançar a rede com William, mas o juiz Edílson Soares da Silva invalidou o gol ao assinalar impedimento do atacante.
Luxemburgo apostou na velocidade de Basílio e colocou mais um armador no time: Luís Augusto entrou na vaga de William, que ontem substituiu Deivid, suspenso. O Santos ganhou mais opção de jogadas e encurralou os paranaenses em seu campo.
A boa marcação imposta pelo time de Levir Culpi acabou esfriando a reação santista. Parando o jogo com faltas seguidas, o Santos viu o seu ritmo diminuir, enervando a torcida.
Mas, aos 36min, o Santos esteve perto de virar o jogo. Após cruzamento na área, Luís Augusto cabeceou, o goleiro rebateu na pequena área, e a zaga paranaense aliviou o perigo com um chutão.
No final, a torcida bem que tentou empurrar a equipe, porém o time do litoral paulista acabou esbarrando na boa marcação e na catimba do adversário do Sul.
Aos 47min, o volante Bóvio ainda teve a chance da virada. Ele deu uma arrancada pela direita, invadiu a área, passou por dois adversários, mas não conseguiu fazer a conclusão a gol.
O Santos volta a campo no domingo e tem um clássico pela frente. O time de Luxemburgo pegará o Palmeiras, que o goleou no primeiro turno. O jogo será em São Paulo. Estava marcado para o Parque Antarctica, mas foi transferido para o do Pacaembu a pedido da Polícia Militar, que alegou medida de segurança.


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