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Por sobrevida, Márcio atiram em Roger e Sebá
DA REPORTAGEM LOCAL
DO PAINEL FC
O relacionamento do técnico
Márcio Bittencourt com alguns
jogadores do Corinthians já não
navega mais em águas tranqüilas.
A queda de rendimento da equipe
irritou a cúpula corintiana e o
próprio treinador, que ameaça
entregar a cabeça de estrelas para
manter a sua pelo menos até domingo, contra o Atlético-PR.
Os principais alvos de Márcio
são o zagueiro Sebá e o meia Roger. A amigos, o técnico confidenciou anteontem, após derrota no
clássico para o São Paulo por 3 a 2,
que se irritou com o desempenho
da dupla no Morumbi.
O argentino, suspenso, está fora
do jogo de domingo. Roger pode
ser barrado pelo treinador. A
pressão para a saída do meia, vice-artilheiro corintiano no Brasileiro, com sete gols, foi intensa depois do clássico. Dirigentes corintianos pressionam Márcio para tirá-lo da equipe.
No vestiário do Morumbi, um
conselheiro chegou a repreender
o meia. Afirmou que o Corinthians não era o Fluminense, seu
ex-clube, e que ele teria de se esforçar mais em campo. Roger argumentou que deu os passes para
os dois gols corintianos mas, mesmo assim, se desculpou.
A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians,
também pediu a cabeça de Sebá e
Roger após a partida.
Segundo dirigentes, o relacionamento de Márcio com outros atletas também ficou estremecido
por causa de Roger. Avaliam que
ele perdeu força com o elenco por
não punir o jogador após ele reclamar de ser substituído contra o
Coritiba. Para a diretoria do clube, o técnico deveria ter feito mais
do que dizer publicamente que é
ele quem escala o time.
Não é a primeira vez que Roger,
uma das estrelas da MSI, que pagou por ele cerca de R$ 12 milhões, se envolve em confusão
com treinador. O meia é tido pelo
argentino Daniel Passarella como
um dos pivôs de sua demissão.
Quando ainda era técnico da
equipe, Passarella substituiu Roger seguidas vezes e chegou a afastá-lo para melhorar seu condicionamento físico. Os dois chegaram
até a discutir nos vestiários do Pacaembu após jogo com o São Caetano, no Paulista.
O argentino, a exemplo dos dirigentes agora, também achava que
Roger se movimentava pouco em
campo e era displicente.
Anteontem, sem citar nomes,
Márcio reclamou de bolas perdidas que originaram contragolpes
são-paulinos. Por duas vezes, Roger foi desarmado pelos rivais.
O presidente corintiano, Alberto Dualib, que está em Londres,
acompanhou o clássico pela internet. Depois, telefonou a alguns
aliados e reclamou da escalação
de quatro jogadores ofensivos.
Argumentou ser suicídio armar o
time dessa forma com uma defesa
vulnerável -é a terceira pior do
Nacional, com 46 gols sofridos.
Dualib falou que só não trocou
Márcio porque não há ninguém
disponível para substitui-lo. E que
dará uma última chance a ele no
jogo com o Atlético-PR.
(EAR E RP)
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