|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Por escrita, Brasil aposta em "cubana"
Fabiana, 1,93 m, tem a missão de barrar os ataques de Cuba por vaga na final no Grand Prix e manter sina com Zé Roberto
Desde 2003, seleção só não chegou à decisão nos Jogos de Atenas-2004, quando perdeu para rival de hoje e terminou sem medalha
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Barrar os potentes ataques
cubanos é uma missão complicada. Principalmente quando
estão em jogo a vaga em uma
decisão e a invencibilidade de
nove campeonatos.
Para isso, a seleção brasileira,
que busca o hexacampeonato
do Grand Prix, aposta na mais
cubana de suas atletas.
Negra, 1,93 m, 76 kg, bloqueio
bem armado que atinge 3,14 m
e ataques potentes. Fabiana poderia facilmente estar do outro
lado da quadra hoje, às 9h30,
em Reggio Calabria (ITA), pelas semifinais do torneio.
Não está. Ciente do potencial
da pupila, José Roberto Guimarães, desde o início de seu trabalho na seleção, em 2003, tratou de lapidar o talento da
meio-de-rede. Faltavam postura no bloqueio e mais velocidade no ataque. É o próprio treinador quem costuma comparar
o biótipo e o jogo de Fabiana ao
das arqui-rivais cubanas.
O resultado salta aos olhos
neste Grand Prix. Titular incontestável, ela é a melhor bloqueadora do Brasil -um ponto
por set, em média. Aparece
também como a segunda atacante mais eficiente, atrás apenas da oposto Sheilla -aproveita 52,94% de seus ataques.
Na vitória de ontem sobre o
Japão, em que a seleção superou uma pane no primeiro set, a
atacante de 21 anos teve novamente atuação importante. Ela
foi a segunda maior pontuadora da seleção, com 17 acertos.
Sheilla marcou 20 pontos.
O placar de 23/25, 25/22,
25/16 e 25/17 deixou o Brasil
em primeiro lugar de seu grupo
e com uma invencibilidade de
11 partidas no GP. Cuba terminou na segunda colocação da
outra chave. Rússia e Itália
também duelam por uma vaga
na decisão de amanhã.
Desde que Zé Roberto assumiu a seleção, o Brasil só ficou
fora da final nos Jogos de Atenas-2004. Na disputa pelo
bronze, perdeu a medalha exatamente para Cuba. Fabiana
estava naquele grupo.
"Será uma partida difícil. Temos de jogar tranqüilas, deixando que elas errem. Estamos
unidas e bem focadas. Quando
o momento é bom, todas comemoram. Quando alguma coisa
dá errado, uma ajuda a outra a
superar", diz a meio-de-rede.
NA TV - Grand Prix
Brasil x Cuba, às 9h30; Rússia x
Itália, às 12h30, ao vivo, Sportv
Texto Anterior: Futebol: Torcedor morto em briga é enterrado Próximo Texto: Cuba tenta firmar sua nova geração Índice
|