São Paulo, sábado, 09 de setembro de 2006

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Por escrita, Brasil aposta em "cubana"

Fabiana, 1,93 m, tem a missão de barrar os ataques de Cuba por vaga na final no Grand Prix e manter sina com Zé Roberto

Desde 2003, seleção só não chegou à decisão nos Jogos de Atenas-2004, quando perdeu para rival de hoje e terminou sem medalha


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Barrar os potentes ataques cubanos é uma missão complicada. Principalmente quando estão em jogo a vaga em uma decisão e a invencibilidade de nove campeonatos.
Para isso, a seleção brasileira, que busca o hexacampeonato do Grand Prix, aposta na mais cubana de suas atletas.
Negra, 1,93 m, 76 kg, bloqueio bem armado que atinge 3,14 m e ataques potentes. Fabiana poderia facilmente estar do outro lado da quadra hoje, às 9h30, em Reggio Calabria (ITA), pelas semifinais do torneio.
Não está. Ciente do potencial da pupila, José Roberto Guimarães, desde o início de seu trabalho na seleção, em 2003, tratou de lapidar o talento da meio-de-rede. Faltavam postura no bloqueio e mais velocidade no ataque. É o próprio treinador quem costuma comparar o biótipo e o jogo de Fabiana ao das arqui-rivais cubanas.
O resultado salta aos olhos neste Grand Prix. Titular incontestável, ela é a melhor bloqueadora do Brasil -um ponto por set, em média. Aparece também como a segunda atacante mais eficiente, atrás apenas da oposto Sheilla -aproveita 52,94% de seus ataques.
Na vitória de ontem sobre o Japão, em que a seleção superou uma pane no primeiro set, a atacante de 21 anos teve novamente atuação importante. Ela foi a segunda maior pontuadora da seleção, com 17 acertos. Sheilla marcou 20 pontos.
O placar de 23/25, 25/22, 25/16 e 25/17 deixou o Brasil em primeiro lugar de seu grupo e com uma invencibilidade de 11 partidas no GP. Cuba terminou na segunda colocação da outra chave. Rússia e Itália também duelam por uma vaga na decisão de amanhã.
Desde que Zé Roberto assumiu a seleção, o Brasil só ficou fora da final nos Jogos de Atenas-2004. Na disputa pelo bronze, perdeu a medalha exatamente para Cuba. Fabiana estava naquele grupo.
"Será uma partida difícil. Temos de jogar tranqüilas, deixando que elas errem. Estamos unidas e bem focadas. Quando o momento é bom, todas comemoram. Quando alguma coisa dá errado, uma ajuda a outra a superar", diz a meio-de-rede.

NA TV - Grand Prix
Brasil x Cuba, às 9h30; Rússia x Itália, às 12h30, ao vivo, Sportv


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