São Paulo, domingo, 09 de setembro de 2007 |
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Corinthians veta intermediário Assim como na renovação de contrato com Samsung, clube exclui comissões a agentes de jogadores Equipe busca inédita 3ª vitória seguida no Nacional diante do Paraná, fora de casa, e fala até em obter vaga para a Libertadores
EDUARDO ARRUDA DA REPORTAGEM LOCAL Com a imagem arranhada por indícios de corrupção na administração de Alberto Dualib, réu em processo criminal, o Corinthians tenta agora ser mais transparente em negociações de jogadores, como já fizera com acordos de marketing. O clube, que hoje enfrenta o Paraná, às 19h, em Curitiba, adotou cláusula anticomissão nas contratações de atletas. O expediente começou a ser usado na venda do meia Willian por cerca de R$ 38 milhões ao ucraniano Shaktar Donetski. No dia em que o dinheiro caiu na conta corintiana, o vice afastado Nesi Curi foi ao Parque São Jorge cobrar comissão de R$ 2 milhões pelo negócio para o empresário Wagner Ribeiro. A diretoria não deu ouvidos a Curi, acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha juntamente com Dualib, mas resolveu se precaver. Após receber representantes do time ucraniano que manifestaram interesse em Willian, o ex-vice tentou colocar Ribeiro, que vendera Ilsinho ao mesmo clube, no negócio. O cartola ainda não havia sido afastado do cargo. Dias depois de ter saído, a proposta oficial chegou ao presidente em exercício do clube, Clodomil Orsi. Antes de fazer a transação, os ucranianos pediram informações sobre o Corinthians. Estavam preocupados se conseguiriam ter êxito na compra. Na semana passada, o clube anunciou dois atletas, o zagueiro Fábio Braz e o lateral Iran. Nos acordos com a dupla, diz o clube, não haverá comissões a empresários. Os corintianos ainda recomendam aos próprios atletas que não paguem a eventuais intermediários. A cláusula anticomissão também foi adotada no novo acordo de patrocínio com a Samsung. O clube fez isso por temer que Carla Dualib, neta do presidente afastado, reivindique participação no acordo. Ela disse ter levado a empresa coreana ao Corinthians no ano passado. Anteontem, Curi voltou a aparecer, agora para oferecer negócio para o meia Lulinha, empresariado por Wagner Ribeiro. Levou suposta oferta do inglês Tottenham de R$ 16 milhões. O clube recusou. Se aumenta a transparência, a decisão de vetar comissões tem provocado um efeito negativo. Alguns empresários têm exagerado, segundo os corintianos, nos valores pedidos por atletas para incluir comissões. Isso dificulta novos acordos. O meia Anaílson, por exemplo, que joga no Atlético Goianiense, foi procurado. O preço: R$ 3,6 milhões. A diretoria do time alvinegro descartou o negócio por esse valor. Outro meia que interessa, Douglas, do São Caetano, só sai da equipe do ABC por R$ 10 milhões. Enquanto isso, o time tenta hoje uma inédita terceira vitória seguida contra um rival em crise, que está na zona de rebaixamento. A euforia já faz até os corintianos sonharem com vaga na Libertadores. O time iniciou a rodada em 10º lugar, com 33 pontos, a seis do terceiro colocado, o Santos. "Uma vitória, outra e, quem sabe, não conseguimos alcançar nosso objetivo. Vamos jogo a jogo", diz o técnico corintiano, Zé Augusto. NA TV - Paraná x Corinthians Sportv (menos PR e RJ), ao vivo, a partir das 19h Texto Anterior: Juca Kfouri: A Perestroika brasileira Próximo Texto: Após fiascos, Lulinha fala em reação Índice |
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