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POLÍTICA
Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, busca convencer parlamentares a aprovarem emendas ao Orçamento
Governo pedirá R$ 47 mi a mais para Pans
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério do Esporte e Turismo vai encaminhar para o Congresso nos próximos dias duas
emendas aumentando em US$
13,2 milhões (aproximadamente
R$ 47 milhões) a proposta de orçamento do ano que vem para o
esporte de alto rendimento.
São dois os motivos: o Pan-Americano de 2003, em Santo
Domingo (R$ 8 milhões), e o Pan
de 2007, no Rio (R$ 39 milhões).
Os pareceres técnicos recomendando o aumento na verba foram
finalizados nesta semana pela Secretaria Nacional do Esporte e enviados para o ministério.
Se as emendas forem aprovadas
pela Comissão Mista de Orçamento, a verba total destinada ao
esporte de alto rendimento no
país para o ano que vem sofrerá
um aumento de 620%, passando a
ser de R$ 54,638 milhões.
O valor da verba originalmente
requisitada pelo ministério para o
esporte de alto rendimento em
2003 havia sido R$ 7,638 milhões.
Neste ano, mesmo com os Jogos
Sul-Americanos no país, foram
consumidos R$ 8,1 milhões.
As ações relacionadas ao esporte de alto rendimento englobam
tudo o que se refere à elite esportiva (atletas de alto nível, confederações nacionais e torneios nacionais e internacionais de ponta).
No total, a proposta atual do ministério pede para todas as atividades esportivas, incluindo o fomento ao esporte estudantil e outras atividades, R$ 144,5 milhões.
Ou seja, só o dinheiro do esporte
de rendimento, R$ 54,6 milhões,
representaria 37,8% desse total.
O presidente Fernando Henrique Cardoso havia recomendado
aos ministros que não realizassem
mais alterações nas suas propostas orçamentárias para 2003.
"O Pan-Americano de 2007 no
Rio de Janeiro é um fato novo,
aconteceu [em agosto] depois que
os ministérios há haviam encaminhado seus orçamentos ao Ministério do Planejamento", justifica o
secretário nacional do Esporte,
Lars Grael. "É importante que a
emenda seja aprovada. Caso contrário, deixaremos um compromisso para o próximo governo, mas sem o orçamento necessário
para que tudo seja executado."
O Pan-2007 tem custo total calculado em US$ 177,9 milhões. O
governo federal arcará com US$
43,1 milhões (24,23%). A maior
investidora na competição é a
Prefeitura do Rio, que bancará
US$ 75,2 mi (42,3%). O resto da
verba virá do governo fluminense
(US$ 9,8 mi ou 5,53%) e da iniciativa privada (US$ 49 mi ou 27%).
De acordo com a secretaria, um
quarto do dinheiro do Pan-2007
teria de estar disponível no próximo ano para tornar possível a realização de estudos relacionados
ao planejamento da competição.
Em 2003 devem ser realizadas licitações para a seleção das companhias que farão obras relacionadas aos Jogos Pan-Americanos.
A emenda será encaminhada ao
deputado federal José Carlos Aleluia (PFL-BA), presidente da Comissão Mista de Orçamento, e
passará a tramitar no Congresso.
A Folha apurou que o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman,
esteve em Brasília na semana passada e, ao lado de funcionários do
ministério, realizou um trabalho
de bastidores com os deputados
na tentativa de sensibilizá-los.
No dia da eleição da cidade que
receberia o Pan-2007, Rio ou a
norte-americana San Antonio, no
mês de agosto, foram exibidas
mensagens de apoio em vídeo do
presidente FHC e dos quatro
principais candidatos à presidência, incluindo o presidente eleito,
Luís Inácio Lula da Silva.
A escolha do Rio como sede do
Pan é a principal arma do COB
para alavancar a candidatura da
cidade à Olimpíada de 2012.
Colaborou Fábio Seixas,
da Reportagem Local
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