São Paulo, quinta-feira, 09 de novembro de 2006

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Brasil apaga adversária e vence na 2ª fase do Mundial de vôlei

Time sofre pane no 3º set, mas bloqueio anula principal nome do Azerbaijão

DA REPORTAGEM LOCAL

Desde o início da preparação para o Mundial do Japão, o técnico José Roberto Guimarães se gaba de ter um time com "12 titulares". Mas, até agora, não usufruiu de seu maior trunfo.
Logo no primeiro jogo, optou por deixar Paula Pequeno e Carol Gattaz sentadas no banco o tempo todo. Desperdiçou ali sua primeira e última chance.
Ontem, foi Fabiana quem ficou de fora novamente, poupada por causa de uma lesão. Sem ela, brilhou a reserva Carol Gattaz na vitória sobre o Azerbaijão por 3 sets a 0 (25/19, 25/21 e 25/23), na estréia brasileira na segunda fase. O time tem quatro jogos para consolidar a vaga nas semifinais.
A meio foi a principal responsável por barrar a atacante Mammadova. E o bloqueio, o mais eficiente fundamento do time -sete pontos marcados e muitas bolas amortecidas para a cobertura de Fabi. "A nossa maior preocupação era a Mammadova. Ela virou algumas bolas, mas, como conseguimos colocar em prática tudo o que estudamos, neutralizamos a maioria de suas jogadas. Gostei bastante da nossa marcação no bloqueio", elogiou a líbero.
Carol Gattaz, além de marcar a gigante do Azerbaijão (1,95 m), também protagonizou um lance inusitado com a rival. No segundo set, a meio-de-rede acertou uma cortada no olho da adversária, que ficou parada reclamando de dor enquanto o ponto rolava e teve de ser atendida fora da quadra.
"Ela levantou o braço, e eu nem sabia para onde ir. Quando vi, sem querer tinha acertado o rosto dela", disse Carol Gattaz. Mammadova, mesmo assim, conseguiu ser a maior pontuadora da partida, com 19 acertos. A ponta Jaqueline marcou 17 para a seleção brasileira.
O jogo foi tranqüilo, tanto que Zé Roberto só colocou Fofão em alguns momentos para dar ritmo de jogo à levantadora. Ela ainda se recupera de uma contusão no pé e, desde a segunda partida no campeonato, entrou somente para salvar o Brasil de alguns apuros. Carol tem sido a titular da seleção.
"A Fofão está melhorando a cada dia, mas não podemos pular etapas. Ela está sentindo dor e precisa de descanso. Vamos usando a Fofão dependendo da necessidade, do jogo", afirmou Zé Roberto.
Na madrugada de hoje, ele teria um duro teste diante da China, atual campeã olímpica. A partida contra o Azerbaijão também acirrou a mais apertada disputa por posição na equipe até agora. Sassá, que se recupera de lesão no pé, entrou pouco ontem na ponta, poupada. Mari, então, foi um dos destaques. As duas têm alternado boas e más apresentações.
"O resultado foi importante por se tratar de uma partida de estréia na nova fase. Jogamos bem nos dois primeiros sets, mas no terceiro nos desconcentramos e não fizemos o que deveríamos fazer. Tivemos problemas com os nossos contra-ataques e precisamos trabalhar isso antes das próximas partidas", afirmou Zé Roberto.
Hoje, após enfrentar a China, o treinador terá tempo para ajustar as peças. O Brasil folga amanhã e volta a jogar na sexta.


BRASIL - Walewska (5), Carol, Mari (11), Carol Gattaz (9), Jaqueline (17), Sheilla (15), Fofão, Sassá, Renatinha (1), Fabi;
AZERBAIJÃO - Guliyeva (2), Shabovta (8), Parkhomenko (9), Mammadova (19), Mammadyarova (4), Kokmaz (7), Korotenko, Yarmammadova


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