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Boleiros de terno (ou sem) são fetiche da moda
VIVIAN WHITEMAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Os ternos são um clássico do
guarda-roupa masculino.
Atualmente, além de uma certa
elegância sóbria, são símbolos
de poder, especialmente os assinados por grandes estilistas.
E, se o recheio de uma dessas
preciosidades da moda for um
astro do futebol, nasce um novo
hit de vendas e de mídia, como
Kaká com a Empório Armani.
As mulheres (e uma penca de
garotões, embora muitos futebolistas não gostem de tocar
nesse assunto) suspiram. Os
homens investem no look poderoso, para atrair olhares e
impor moral. É um tiro certo.
Armani também fez os ternos oficiais dos garotões do
Chelsea. Os modelos investem
no marinho clássico, mas seguem tendências de moda, como as pernas bem ajustadas e o
fechamento com apenas dois
botões, mais moderno.
O Manchester United, prestigiando os criadores ingleses,
escolheu Paul Smith, um dos
maiores nomes do mundo na
alfaiataria. Corte seco e preciso,
calças também ajustadas, um
primor. Cristiano Ronaldo, por
exemplo, arrasou na foto de divulgação, um verdadeiro top.
A Hugo Boss, que tem longa
tradição de bons ternos, foi escolhida para botar Dunga e sua
equipe na linha e também deve
mandar bem. Só vai ser mais difícil acertar o corte de pernas
justas em atletas mais baixinhos, de coxas grossas. Enfim,
nada que não tenha conserto.
Porém quem entende melhor o status -altamente sexual- do terno na sociologia da
moda atual é a Dolce & Gabbana, que veste a seleção italiana.
Um astro do futebol de terno
é um modelo de sucesso profissional e de elegância dentro do
mundo masculino, claro. Nas
campanhas de underwear da
Dolce & Gabbana com a seleção
italiana, no entanto, revela-se
um outro lado da história.
O boleiro de terno é um fetiche que resume o objeto do desejo de dez entre dez marias-chuteira, das discretas às mais
ousadas: jogar longe o blazer de
grife e a calça elegante, ambos
caríssimos, para encontrar um
corpão malhado de super-herói
do esporte. Desde que, é claro,
ele seja detentor de superpoderes (em bom português, um
cartão de crédito sem limites).
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