São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2008

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Boleiros de terno (ou sem) são fetiche da moda

VIVIAN WHITEMAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Os ternos são um clássico do guarda-roupa masculino. Atualmente, além de uma certa elegância sóbria, são símbolos de poder, especialmente os assinados por grandes estilistas. E, se o recheio de uma dessas preciosidades da moda for um astro do futebol, nasce um novo hit de vendas e de mídia, como Kaká com a Empório Armani.
As mulheres (e uma penca de garotões, embora muitos futebolistas não gostem de tocar nesse assunto) suspiram. Os homens investem no look poderoso, para atrair olhares e impor moral. É um tiro certo.
Armani também fez os ternos oficiais dos garotões do Chelsea. Os modelos investem no marinho clássico, mas seguem tendências de moda, como as pernas bem ajustadas e o fechamento com apenas dois botões, mais moderno.
O Manchester United, prestigiando os criadores ingleses, escolheu Paul Smith, um dos maiores nomes do mundo na alfaiataria. Corte seco e preciso, calças também ajustadas, um primor. Cristiano Ronaldo, por exemplo, arrasou na foto de divulgação, um verdadeiro top.
A Hugo Boss, que tem longa tradição de bons ternos, foi escolhida para botar Dunga e sua equipe na linha e também deve mandar bem. Só vai ser mais difícil acertar o corte de pernas justas em atletas mais baixinhos, de coxas grossas. Enfim, nada que não tenha conserto.
Porém quem entende melhor o status -altamente sexual- do terno na sociologia da moda atual é a Dolce & Gabbana, que veste a seleção italiana.
Um astro do futebol de terno é um modelo de sucesso profissional e de elegância dentro do mundo masculino, claro. Nas campanhas de underwear da Dolce & Gabbana com a seleção italiana, no entanto, revela-se um outro lado da história.
O boleiro de terno é um fetiche que resume o objeto do desejo de dez entre dez marias-chuteira, das discretas às mais ousadas: jogar longe o blazer de grife e a calça elegante, ambos caríssimos, para encontrar um corpão malhado de super-herói do esporte. Desde que, é claro, ele seja detentor de superpoderes (em bom português, um cartão de crédito sem limites).


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