São Paulo, segunda-feira, 09 de novembro de 2009

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maracanazo

Fred e juiz destronam Palmeiras

Após derrota para o Fluminense por 1 a 0, time contribui para consolidar rival São Paulo na liderança

Carlos Eugênio Simon vira alvo da ira palmeirense por ter anulado gol legítimo de Obina quando o jogo ainda estava empatado em 0 a 0

Alvinho Duarte/Foto Arena
Fred vibra com seu gol, no Maracanã

RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Líder em metade das 34 rodadas disputadas no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras não resistiu ao atacante Fred e ao árbitro Carlos Eugênio Simon, ontem, no Maracanã.
A derrota por 1 a 0 impediu o clube paulista de retomar a liderança do torneio, agora, pela primeira vez no ano, do São Paulo. Com 59 pontos, o atual tricampeão transformou-se no time a ser caçado por Palmeiras (58), Flamengo (57), Atlético- -MG (56) e Cruzeiro (54).
A atuação do juiz do jogo no Rio foi fundamental para a queda palmeirense do trono. Simon invalidou um gol legítimo marcado por Obina no primeiro tempo ao assinalar falta em Maicon, do Fluminense.
"Foi um erro gravíssimo num momento decisivo do campeonato. Ele vem em má fase [durante] o Brasileiro inteiro. Faltou peito para o Simon validar um gol legítimo", disse o gerente de futebol palmeirense, Toninho Cecílio, muito exaltado.
Não foi a primeira vez neste Nacional que o árbitro gaúcho deixou um confronto sendo o principal alvo das críticas.
Na vitória (4 a 3) do São Paulo sobre o Santos, na 31ª rodada, Simon primeiro enervou a equipe vencedora ao expulsar o goleiro Rogério por uma falta cometida fora da área.
Pior, porém, foi o pouco tempo de acréscimo -três minutos- dado na etapa final. Somente na paralisação do lance da exclusão do arqueiro são-paulino foram consumidos cerca de cinco minutos.
"Coragem vem de berço. Ou o cara tem ou não tem", disse Toninho Cecílio, que em determinado momento da entrevista "falou" diretamente ao árbitro ao fitar as câmeras de TV: "Simon, tem que ter coragem! Futebol é pra gente de personalidade", afirmou o dirigente.
O que o próprio Palmeiras tratou de deixar claro também foi que a culpa pelo revés não passou só pela atuação do apito. "O time não jogou bem. Isso a gente não pode esconder", disse cabisbaixo Muricy Ramalho.
Afinal de contas, foi em meio a uma atuação apática do rival que Fred ergueu as mais de 64 mil vozes no Maracanã.


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