DO ENVIADO A CAMPINAS

No dia anterior ao jogo contra o Atlético-PR, em outubro, o atacante Fabrício Carvalho, 24, simplesmente desapareceu do treino. Durante a semana seguinte, os dirigentes da Ponte Preta souberam que o jogador havia entrado na Justiça para conseguir seu atestado liberatório -o clube devia ao atleta cinco meses de salário.
"Tentei suportar por bastante tempo, mas ninguém vive de brisa. Cansei de passar vergonha no banco, de passar vergonha na praça, de passar cheque e ver o cheque voltar. Tenho família", reclama Carvalho, que estava no clube havia 14 meses e ainda é o artilheiro da Ponte no Brasileiro, com 10 gols.
"Já estava chegando ao ponto de me esconder, de pedir dinheiro emprestado para os outros. Se eu ficasse na Ponte, em vez de ajudar, acabaria atrapalhando", diz. Carvalho, que ainda tinha contrato com o clube até 2005, procura agora novo clube. "Não fiz nada de errado. Eu aguentei até demais", justifica. (MVM)


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