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São Paulo, terça-feira, 09 de dezembro de 2003

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JUDÔ

"Presidente da CBJ quis me comprar", diz diretor do Pinheiros, autor da ação

Com critério duplo, seletiva olímpica vai para a Justiça

Divulgação/Fotocom.net
João Derly (acima), cuja vaga na disputa final é contestada, enfrenta Henrique Guimarães no GP


LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Esporte Clube Pinheiros acionou ontem a Confederação Brasileira de Judô no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
O processo visa anular o resultado da seletiva que definiu o adversário do meio-leve Henrique Guimarães pela vaga de titular da categoria nos Jogos de Atenas.
Para a entidade, o adversário do medalha de bronze em Atlanta é o gaúcho João Derly -ex-titular no peso ligeiro, que mudou de categoria depois do Pan, em agosto.
Mas o clube paulista discorda da CBJ, uma vez que a entidade computou os resultados que o gaúcho obtivera em sua classe de peso anterior, para definir sua posição no ranking do meio-leve.
O Pinheiros afirma que a CBJ usou critérios diferenciados em situações idênticas: o judoca Alexsander Guedes, que subiu do peso meio-médio para o médio, teve que passar por um pré-qualificatório para disputar o Circuito Olímpico na nova categoria.
O clube alega que não houve comunicado formal de que os pontos de Derly no ligeiro valeriam no meio-leve. O diretor do clube Arnaldo Luiz Queiroz Pereira também diz que o presidente da CBJ tentou fazer o Pinheiros desistir da ação. "Ele quis me comprar. Falou: "Arnaldo, vamos deixar essa história para trás, porque, no ano que vem, gostaria de contar com alguém do Pinheiros na comissão técnica"."
Outras equipes com judocas envolvidos na categoria -São Caetano, Guarulhos e Academia Peixoto (DF)- também declararam não terem sido informadas.
A FPJ (Federação Paulista de Judô), à qual são filiados cinco dos oito atletas envolvidos na disputa pela vaga da categoria, é outra entidade que diz não ter sido comunicada da decisão da CBJ.
Segundo a confederação, o fato era conhecido por todo o judô brasileiro. Uma nota no site da entidade, publicada em 15 de novembro, tinha essa informação.
"Ninguém sabia disso. Qualquer um pode publicar, num site, uma reportagem com data antiga", afirmou Pereira.


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