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Ação "olímpica" dispara em NY
Papéis de empresas que vincularam suas marcas a Pequim-08 têm valorização maior que 'blue chips'
Somados, 12 principais patrocinadores dos Jogos desembolsaram R$ 1,5 bilhão para se associar
ao evento esportivo
ALEC DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações de empresas que
vincularam sua marca aos Jogos Olímpicos de Pequim-08
dispararam no Dow Jones, índice que mede o desempenho
dos papéis negociados na bolsa
de valores de Nova York.
Até novembro deste ano, os
parceiros, patrocinadores ou
fornecedores do evento esportivo deram um retorno de 34%
para seus investidores. O número é mais do que o triplo do
que renderam as "blue chips"
-os títulos de primeira linha,
ou seja, de empresas com histórico altamente confiável e rentável no mercado de risco.
Juntos, os integrantes do
"clube olímpico" da bolsa norte-americana -um grupo de 33
empresas de nove países- teriam hoje, de acordo com essa
variação, um valor de mercado
superior a R$ 3,5 trilhões.
O faro por oportunidades e
bons negócios fez o Dow Jones
criar um índice específico para
mensurar a performance dos
papéis das empresas que terão
algum tipo de relação comercial com o Comitê Olímpico Internacional na China (a Olimpíada será realizada entre 8 e
24 de agosto do ano que vem).
No momento ainda não é
possível investir na carteira como um todo, apenas individualmente, comprando ações
de gigantes como Coca-Cola,
Adidas e Samsung. A intenção
dos criadores do índice é ofertá-lo a investidores em breve.
Oficialmente, o COI não tem
nenhuma ligação com a criação
do índice olímpico ou a oferta
de ações de seus parceiros na
bolsa de valores.
Hoje, o comitê possui 12 patrocinadores globais -dois deles, Kodak e Lenovo, anunciaram que abandonarão o barco
após os Jogos de Pequim.
Somada, a dúzia de multinacionais desembolsou R$ 1,5 bilhão para se associar ao evento
esportivo, cuja audiência televisiva estimada é de 4 bilhões
de espectadores em 2008 (1 bilhão a mais do que o recorde
histórico registrado na Olimpíada de Atenas-04).
O COI, que vende suas cotas
embaladas num pacote que inclui, além dos Jogos de verão, a
competição de inverno (em
2006 ela ocorreu na cidade italiana de Turim) já se mexeu para substituir os "desertores".
Apenas dois dias depois de a
Lenovo anunciar a mudança de
destino de suas verbas publicitárias, o comitê fechou com a
Acer, terceiro maior fabricante
mundial de computadores.
A companhia teria pago R$
177 milhões pelos direitos de figurar ao lado dos símbolos
olímpicos, além de fornecer todos os equipamentos de informática que serão utilizados em
Vancouver-10 (inverno) e Londres-12 (verão).
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