São Paulo, terça-feira, 09 de dezembro de 2008

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Crise faz Ferrari acelerar sua redução de custos

"Outra grande equipe pode deixar F-1", diz Williams

DA REPORTAGEM LOCAL

A crise econômica mundial, que resultou na saída da Honda da F-1, começa a provocar mudanças de caráter preventivo em outras escuderias. A Ferrari anunciou ontem, por exemplo, que vai acelerar o processo de redução de gastos para 2009.
"Esse processo já havia começado nos últimos anos. Mas, agora, passará por uma aceleração", declarou ontem Stefano Domenicali, chefe da escuderia italiana, em entrevista ao jornal "Corriere della Sera".
"A F-1 já resistiu a tempos difíceis. É necessário reagir com lucidez e evitar erros de estratégia que poderiam custar um preço caro quando as coisas melhorarem", comentou.
Sem especificar de quanto será a redução nos gastos, Domenicali tratou de tranqüilizar os fãs da Ferrari, afastando a possibilidade de a escuderia ter de seguir o mesmo caminho da Honda e sair da F-1.
"Estamos na linha de frente do processo de renovação do automobilismo", disse o chefe da escuderia. "A Ferrari continuará a ser líder. Os fãs devem ficar calmos", completou.
Já o diretor-executivo da Williams, Adam Parr, mostrou-se pessimista ontem ao apostar na saída de mais uma escuderia da F-1 para a temporada de 2009.
"Acho que provavelmente vamos perder outra equipe antes do começo da próxima temporada, e há uma chance muito grande de que seja uma montadora", afirmou Parr.
Todas as montadoras da F-1 -BMW, Mercedes, Renault, Toyota e Fiat (Ferrari)- estão sendo afetadas pela crise econômica, que resultou em queda de produção, demissão de funcionários e redução de vendas.
A Williams é a única equipe que não é de propriedade -parcial ou total- de uma montadora ou de algum bilionário.
"Enquanto pudermos juntar alguns centavos e apresentar um orçamento meio decente, vamos correr", garantiu Parr. "Para mim, é completamente ilógico falar sobre a saída da Williams da F-1", completou o dirigente, desmentindo rumores de que sua equipe seria uma das mais vulneráveis à crise.

Com agências internacionais



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