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Crise faz Ferrari acelerar sua redução de custos
"Outra grande equipe pode deixar F-1", diz Williams
DA REPORTAGEM LOCAL
A crise econômica mundial,
que resultou na saída da Honda
da F-1, começa a provocar mudanças de caráter preventivo
em outras escuderias. A Ferrari
anunciou ontem, por exemplo,
que vai acelerar o processo de
redução de gastos para 2009.
"Esse processo já havia começado nos últimos anos. Mas,
agora, passará por uma aceleração", declarou ontem Stefano
Domenicali, chefe da escuderia
italiana, em entrevista ao jornal
"Corriere della Sera".
"A F-1 já resistiu a tempos difíceis. É necessário reagir com
lucidez e evitar erros de estratégia que poderiam custar um
preço caro quando as coisas
melhorarem", comentou.
Sem especificar de quanto
será a redução nos gastos, Domenicali tratou de tranqüilizar
os fãs da Ferrari, afastando a
possibilidade de a escuderia ter
de seguir o mesmo caminho da
Honda e sair da F-1.
"Estamos na linha de frente
do processo de renovação do
automobilismo", disse o chefe
da escuderia. "A Ferrari continuará a ser líder. Os fãs devem
ficar calmos", completou.
Já o diretor-executivo da Williams, Adam Parr, mostrou-se
pessimista ontem ao apostar na
saída de mais uma escuderia da
F-1 para a temporada de 2009.
"Acho que provavelmente
vamos perder outra equipe antes do começo da próxima temporada, e há uma chance muito
grande de que seja uma montadora", afirmou Parr.
Todas as montadoras da F-1
-BMW, Mercedes, Renault,
Toyota e Fiat (Ferrari)- estão
sendo afetadas pela crise econômica, que resultou em queda
de produção, demissão de funcionários e redução de vendas.
A Williams é a única equipe
que não é de propriedade -parcial ou total- de uma montadora ou de algum bilionário.
"Enquanto pudermos juntar
alguns centavos e apresentar
um orçamento meio decente,
vamos correr", garantiu Parr.
"Para mim, é completamente
ilógico falar sobre a saída da
Williams da F-1", completou o
dirigente, desmentindo rumores de que sua equipe seria uma
das mais vulneráveis à crise.
Com agências internacionais
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