São Paulo, Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2000


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FUTEBOL

Joseph Blatter, presidente da entidade, diz precisar do intervalo para organizar melhor o torneio

Fifa planeja Mundial a cada dois anos

SÉRGIO RANGEL
da Sucursal do Rio

A segunda edição do Mundial de Clubes será disputada em 2002 se depender o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter.
O dirigente disse que vai "trabalhar" para que a competição seja disputada em um intervalo de dois anos.
"Não sei se será bom realizar o Mundial de Clubes anualmente por causa do curto período para prepará-lo. Para mim, o período ideal para disputar o Mundial é a cada dois anos", afirmou Blatter, após assistir no sábado aos jogos da segunda rodada do Grupo B.
Inicialmente, a Fifa pretendia realizar o torneio anualmente.
A decisão sobre o intervalo do período de disputa do torneio será tomada pela cúpula da Fifa antes do final do primeiro semestre deste ano.
A opinião de Blatter é compartilhada pelo ex-jogador francês Michel Platini, co-presidente do comitê organizador da última Copa e consultor do dirigente suíço.
"Para realizar o Mundial, o intervalo de dois anos é o melhor", disse Platini, que também estava no Maracanã no sábado.
Caso o torneio seja disputado a cada dois anos, Blatter disse que o número de clubes deverá ser aumentado e o critério de seleção poderá ser alterado.
Para disputar o primeiro Mundial, cada confederação continental indicou o seu representante. A competição também conta com um representante do país-sede (Corinthians) e o vencedor do Mundial interclubes de 1998 (Real Madrid).
Na próxima edição, o Mundial de Clubes poderá ter o número de participantes duplicado (de 8 para 16) ou haver uma seletiva em alguns continentes.
O presidente da Fifa elogiou a organização do torneio.
"A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) fez um bom trabalho em um curto espaço de tempo. A organização é boa. Os dois estádios (Maracanã e Morumbi) estão ótimos", disse o dirigente.
Apesar dos elogios, Blatter disse que o sucesso da organização não ajudará a candidatura brasileira para a Copa de 2006.
"São competições diferentes", disse o dirigente.
Falante, o presidente da Fifa só adotou a defensiva quando foi questionado sobre os problemas do futebol brasileiro.
Ao ser indagado sobre a decisão de clubes do Brasil -Gama e São Paulo- de entrarem na Justiça comum contra determinação da CBF, o dirigente foi evasivo.
"Não queria falar sobre o assunto. Isso não é uma decisão da presidência da Fifa. O assunto é da administração da entidade", disse Blatter.


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