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FUTEBOL
Joseph Blatter, presidente da entidade, diz precisar do intervalo para organizar melhor o torneio
Fifa planeja Mundial a cada dois anos
SÉRGIO RANGEL
da Sucursal do Rio
A segunda edição
do Mundial de Clubes será disputada
em 2002 se depender o presidente da
Fifa, o suíço Joseph
Blatter.
O dirigente disse que vai "trabalhar" para que a competição seja
disputada em um intervalo de
dois anos.
"Não sei se será bom realizar o
Mundial de Clubes anualmente
por causa do curto período para
prepará-lo. Para mim, o período
ideal para disputar o Mundial é a
cada dois anos", afirmou Blatter,
após assistir no sábado aos jogos
da segunda rodada do Grupo B.
Inicialmente, a Fifa pretendia
realizar o torneio anualmente.
A decisão sobre o intervalo do
período de disputa do torneio será tomada pela cúpula da Fifa antes do final do primeiro semestre
deste ano.
A opinião de Blatter é compartilhada pelo ex-jogador francês Michel Platini, co-presidente do comitê organizador da última Copa
e consultor do dirigente suíço.
"Para realizar o Mundial, o intervalo de dois anos é o melhor",
disse Platini, que também estava
no Maracanã no sábado.
Caso o torneio seja disputado a
cada dois anos, Blatter disse que o
número de clubes deverá ser aumentado e o critério de seleção
poderá ser alterado.
Para disputar o primeiro Mundial, cada confederação continental indicou o seu representante. A
competição também conta com
um representante do país-sede
(Corinthians) e o vencedor do
Mundial interclubes de 1998 (Real
Madrid).
Na próxima edição, o Mundial
de Clubes poderá ter o número de
participantes duplicado (de 8 para 16) ou haver uma seletiva em
alguns continentes.
O presidente da Fifa elogiou a
organização do torneio.
"A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) fez um bom trabalho em um curto espaço de tempo. A organização é boa. Os dois
estádios (Maracanã e Morumbi)
estão ótimos", disse o dirigente.
Apesar dos elogios, Blatter disse
que o sucesso da organização não
ajudará a candidatura brasileira
para a Copa de 2006.
"São competições diferentes",
disse o dirigente.
Falante, o presidente da Fifa só
adotou a defensiva quando foi
questionado sobre os problemas
do futebol brasileiro.
Ao ser indagado sobre a decisão
de clubes do Brasil -Gama e São
Paulo- de entrarem na Justiça
comum contra determinação da
CBF, o dirigente foi evasivo.
"Não queria falar sobre o assunto. Isso não é uma decisão da presidência da Fifa. O assunto é da
administração da entidade", disse
Blatter.
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