São Paulo, domingo, 10 de fevereiro de 2008

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São Paulo esquece reforços e busca G4

Após declarações do presidente Juvenal Juvêncio, Muricy Ramalho modifica discurso e se contenta com "caseiros"

Equipe terá os retornos de Joilson e dos selecionáveis Richarlyson e Hernanes para tentar voltar a triunfar depois de dois empates

DA REPORTAGEM LOCAL

Os últimos dois empates são-paulinos têm mexido com os ânimos do técnico Muricy Ramalho. Sem vencer desde a partida contra o Rio Claro, no dia 30 de janeiro, o treinador não consegue encontrar no time atual a consistência que tinha entre defesa, meio-campo e ataque em 2007 e que culminou com o pentacampeonato Brasileiro para o clube.
Impaciente com o pequeno número de jogadores com os quais pode contar -atualmente são 19-, o treinador vinha falando publicamente que a equipe necessitava de reforços.
Mas as declarações do presidente Juvenal Juvêncio na última semana, dizendo que o clube não pretendia abrir os cofres tão cedo, fizeram com que o técnico mudasse o tom de seu discurso sobre contratações.
"Se precisarem sair mais jogadores, não tem problema. Eu vou trabalhar com aqueles que tenho à disposição", disse.
Menos mal para Muricy que esta tarde, contra o Santos, não precisará compor o banco com jogadores da base e contará com "reforços caseiros".
Para o clássico, o técnico terá o retorno do lateral-direito Joilson, suspenso da partida contra o São Caetano, e dos volantes Hernanes e Richarlyson, que estavam com a seleção brasileira em Dublin, para o amistoso com a Irlanda.
Elogiado por Dunga e afirmando viver seu melhor momento no futebol, Richarlyson mostra-se entusiasmado para o confronto contra o Santos.
E a oportunidade de enfrentar uma equipe recheada de jovens atletas é vista pelo volante como um ponto a favor para o time do Morumbi.
"Teoricamente não dá vantagem alguma [jogar contra jovens]. Mas na prática pode ser diferente", complementou.
Antes de deixar o clube para servir a seleção como lateral esquerdo, Richarlyson via sua equipe ainda presente no grupo dos quatro times que passam à fase decisiva. Ele também foi poupado das vaias que a equipe recebeu pelo empate em 1 a 1 com o São Caetano, em casa.
Agora, o jogador espera, enfim, vencer o primeiro clássico no ano. E também admite que não terá problemas em alcançar o êxito com um futebol feio, sina que tem acompanhado o São Paulo nesse início de temporada, desde que seja para voltar ao G-4 do Estadual.
"Se ganhar e convencer, melhor. Se ganhar e não convencer, paciência", afirmou.
Muricy faz mistério quanto à escalação da equipe. Mas tudo indica que Richarlyson deve atuar como na partida contra a Ponte Preta, como um falso zagueiro pelo lado esquerdo.
"Se jogar com três zagueiros, normal. Se for 4-4-2, também sem problemas", disse Muricy.


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