São Paulo, domingo, 10 de fevereiro de 2008

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Inferior na técnica, Santos reforça sua defesa e tenta acertar pontaria

DO ENVIADO A SANTOS

A superioridade técnica do time são-paulino é um fato admitido até em Santos. E é confirmada pelos números do Datafolha. Então, resta ao time do litoral fortalecer-se na defesa e acertar o pé para aproveitar as suas chances de gol. Ou seja, jogar hoje como time pequeno.
"Quem joga em casa é considerado favorito. Se eles têm jogadores mais técnicos, temos que armar um fato novo para impedir essa vitória deles", comentou o técnico santista, Emerson Leão.
Pelas estatísticas, o São Paulo supera o Santos em quase todos os quesitos técnicos.
O time da capital tem maior domínio de bola, acerta mais passes, dribla mais, finaliza mais e tem melhor pontaria. É o São Paulo, por exemplo, a equipe do campeonato mais eficiente para controlar o jogo, com maior acerto na troca de bolas. Em aspectos ofensivos, os santistas só superam os rivais no acerto de cruzamentos.
Em compensação, o Santos é um time que desarma mais, em média, do que a equipe são-paulina. São 131,4 tomadas de bola, contra 120,6 dos rivais.
Não é à toa que o fato novo, citado por Leão, passa por uma marcação forte de sua equipe.
O time manterá três zagueiros. E terá especial atenção para anular Adriano e os cruzamentos da equipe rival.
"Ele tem uma disposição fora de série. Resolvi apostar nele [quando era técnico da seleção], sem saber que daria certo. Preocupa a zaga adversária. Torço para se recuperar, mas não terá moleza de jeito nenhum", analisou Leão, que foi o primeiro a convocar o atacante para a seleção brasileira.
Por conta da força de Adriano, Leão pretende utilizar um zagueiro forte e alto para marcá-lo, possivelmente Domingos. E quer que seu atleta impeça a subida do rival. Além disso, pretende bloquear cruzamentos, ao marcar as laterais.
Apesar de prioritária, a preocupação com a defesa não é a única do técnico. A falta de pontaria de sua equipe também tornou-se uma questão a ser resolvida pelo treinador.
"Estamos criando 12 chances de gol para fazer um. É pouco criar 12 e fazer um. Trabalho esse aspecto", afirmou Leão em relação à partida com o Marília. Para o técnico, a tensão da equipe é a responsável pelos erros nas conclusões.
De fato, o Datafolha mostra um Santos pouco efetivo no ataque. A equipe acertou 35,1% de suas conclusões, ou seja, é apenas a décima no Paulista.
Em número de finalizações, o time está melhor. É o sétimo que mais chutou ou cabeceou a gol, com 15,7 oportunidades por jogo. (RODRIGO MATTOS)


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