Time e treinador, que hoje enfrentam o Ituano, tentam afastar a fama de ir mal como visitante e ganhar a primeira longe de casa

EDUARDO ARRUDA
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Mano Menezes carrega nas costas um peso semelhante ao do seu Corinthians quando senta no banco de reservas como visitante.
Para quebrar o jejum de quatro partidas sem vitórias hoje, em Itu, às 16h, contra o surpreendente Ituano, ele e sua equipe terão de superar um retrospecto incômodo: o de não se saírem bem fora de casa.
Desde o ano passado, Mano, com seu competitivo Grêmio, e o Corinthians têm mostrado fragilidade em território inimigo. E juntos, no Paulista, não conseguiram, ainda, superar justamente essa barreira.
Será a quarta partida da equipe alvinegra nesta temporada longe de seus domínios. Nas outras três, perdeu para o São Caetano, sua única derrota no ano, e empatou com Sertãozinho (0 a 0) e Barueri (1 a 1). As duas vitórias na atual temporada foram obtidas no Morumbi, contra Guarani e Paulista.
"Algumas equipes têm mais dificuldades fora. Não acho que é problema de falta de personalidade", justifica o técnico.
A fama de técnico caseiro ficou mais evidente na trajetória de Mano na Libertadores de 2007. Seu Grêmio foi vice-campeão do torneio com só uma vitória fora de Porto Alegre.
A situação do técnico não é muito diferente da sina corintiana desde a temporada passada. O último triunfo do Corinthians fora de São Paulo ocorreu em 15 de agosto, contra o Botafogo (3 a 2), no Rio, pelo Brasileiro. Desde então, foram 12 jogos, com seis empates e seis derrotas. É o pior retrospecto do clube como visitante desde a seqüência negativa de 25 jogos entre 2000 e 2001.
"Precisamos tirar esse peso", diz o goleiro Felipe.
A missão do Corinthians, porém, não deve ser fácil. O Ituano, adversário desta tarde, iniciou a rodada como o quarto melhor time do torneio.
"Claro que, neste momento, os times do interior estão melhores fisicamente. Eu sei disso porque já estive do outro lado. No Bragantino, iniciamos o trabalho em novembro e aí conseguimos chegar à semifinal [em 2007]", relata Felipe.
Para a partida de hoje, Mano não definiu a equipe. A tendência é que o time volte a atuar com dois zagueiros: Chicão, que cumpriu suspensão, retorna para formar dupla com William. Acosta, que perdeu o único coletivo realizado antes do jogo por ter viajado ao seu país para regularizar o visto de trabalho, pode começar no banco.