São Paulo, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

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Relatório faz "sumir" R$ 17 mi no Corinthians

Valor é diferença entre estimativa de perdas feitas pela gestão atual e a anterior

Oposição desconfia de caixa dois, enquanto vice jurídico classifica a acusação como absurda e alega reavaliação de risco de perda em litígios

EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI

DA REPORTAGEM LOCAL

Na semana que definirá o presidente corintiano dos próximos três anos, uma diferença de R$ 17 milhões em relatórios que apontam reserva de verba para pagamento de ações judiciais ainda em andamento acirra a disputa política entre situação e oposição no clube.
Em dois documentos enviados para a BDO Trevisan a fim de informar a empresa que audita os balanços do clube, os valores para contingências jurídicas são discrepantes.
O primeiro, de 11 de dezembro de 2007, e assinado pelo advogado responsável pelo departamento jurídico corintiano na gestão de Alberto Dualib, Sérgio Grassini, aponta um total de R$ 94.511.150,00 em processos.
Já no segundo relatório, também enviado à BDO, de 14 de janeiro de 2008 e assinado pelo atual vice jurídico, Sérgio Alvarenga, foram estimados que o clube precisa reservar R$ 77.435.831,23 para litígios que tem mais chance de derrota.
Alvarenga diz que a diferença de valores é uma questão de critério de avaliação.
"No relatório do Grassini, ele considerou que o clube perderia todas as ações. Nós fizemos uma reavaliação e calculou-se que há muitos processos em que há chance de vencer. E acrescente-se que esta divergência de projeções foi alvo de avaliação pela BDO Trevisan, que aceitou normalmente a nova avaliação", diz Alvarenga.
Grassini contesta a versão da diretoria. "Dos meus números eu não abro mão desses valores. Acho que meu relatório foi alterado. É preciso investigar."
A oposição diz que houve caixa dois. Alega que a diferença é o mesmo valor deixado em caixa pela venda de Willian. E que o dinheiro poderia ter sido usado pela atual gestão para, por exemplo, o pagamento de comissões "por fora" a agentes.
"Isso é um absurdo. Como pode ser caixa dois se é um dinheiro que não entrou nem saiu? Isso não passa de uma previsão de perdas judiciais", afirma Alvarenga.


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