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Treinar no deserto vira investimento para F-1
Equipes fogem da Europa e vão testar no Bahrein
DA REPORTAGEM LOCAL
Escaldadas pelo excesso de
chuva e a falta de tempo na pista que caracterizaram os treinos coletivos da F-1 em Portugal no começo do mês passado,
Ferrari, BMW e Toyota decidiram colocar a mão no bolso.
E, enquanto as demais equipes -à exceção da Force India- usarão a pista de Jerez de
la Frontera, a partir de hoje para quatro dias de testes, o trio
terá oito dias no circuito da desértica Sakhir, no Bahrein.
Segundo a Ferrari, a certeza
de sol todos os dias foi fator determinante na escolha do local.
"Para nós, é um investimento", declarou Pascal Vasselon,
diretor técnico da Toyota.
"Estaríamos dispostos a
abrir mão de uma das duas sessões de treinos na Europa para
passar ainda mais tempo no
Bahrein, já que é o melhor que
podemos fazer para nos prepararmos para a temporada."
Em 2008, apesar de não terem sofrido com o mau tempo
nas sessões em solo europeu,
tanto a Ferrari como a Toyota
já haviam ido para o Bahrein
para testar por seis dias.
Neste ano, com a proibição
dos treinos durante a temporada -medida que visa diminuir
os gastos das equipes-, o tempo gasto em testes antes da
abertura do Mundial é agora
ainda mais importante para o
desenvolvimento dos times.
Já a BMW, que inicialmente
iria participar das sessões no
sul da Espanha, mudou de ideia
por causa das baixas temperaturas do continente europeu.
Mas, para algumas das equipes que já começam a sentir os
primeiros efeitos da crise econômica, o "investimento" de ir
ao Bahrein não foi viável.
"Não fomos para lá porque o
custo era muito alto comparado ao que gastaremos na Europa", afirmou Sam Michael, diretor técnico da Williams.
Estima-se que as equipes estejam gastando aproximadamente 300 mil libras (o equivalente a R$ 1 milhão) a mais para
ir ao Bahrein do que se tivessem viajado para Jerez.
"Geralmente a temperatura
na Espanha não é tão ruim durante os meses de fevereiro e
março. Janeiro é normalmente
é o pior. Isso na verdade não
afeta o desenvolvimento do
carro, apenas o progresso de
nossos acertos", completou o
dirigente da Williams, que preferiu fazer o jogo do contente.
"Se todos os testes fossem como o que tivemos em Portugal,
estaria suficiente, pois pudemos ver os pneus, ter as impressões dos pilotos. Adquirimos bastante informação", disse Michael, sobre os 951 km que
a Williams acumulou durante
os quatro dias que esteve no
circuito do Algarve em janeiro.
Para servir de comparação,
no ano passado, também após a
primeira sessão de testes (de
quatro dias), a Williams havia
rodado 1.594 km, ou 68% a mais
do que em 2009.
Com agências internacionais
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