|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Time, que tenta devolver derrota contra a LDU, projeta embolsar R$ 1 mi com jogo da Libertadores, hoje, no Morumbi
Em revanche, São Paulo comemora lucro
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua segunda partida em casa
na Taça Libertadores, o São Paulo, que, tentará se vingar hoje da
equatoriana LDU (Liga Deportiva
Universitaria), no Morumbi, às
21h45, vai ultrapassar em receita o
que já acumulou em oito partidas
de Campeonato Paulista.
O clube do Morumbi, que defende série de 14 vitórias seguidas
em seu estádio pelo interclubes
continental, deve lucrar mais R$ 1
milhão no confronto de hoje. Somado com o outro milhão arrecadado em sua estréia, que reuniu
mais de 55 mil pessoas, contra o
Cobreloa, o time vai superar em
cerca de R$ 500 mil o que ganhará
no Paulista na primeira fase.
A prioridade são-paulina pelo
torneio sul-americano pode ser
considerada até maior pelo aspecto financeiro do que pelo prestígio
internacional da competição.
Enquanto em apenas dois jogos
da Taça Libertadores o São Paulo
embolsará R$ 2 milhões, no Estadual, já somada a cota de R$ 1 milhão, além das quatro partidas do
clube em casa, os ganhos chegam,
no máximo, a R$ 1,3 milhão.
"Sem dúvida, a Libertadores e a
Copa Sul-Americana são os torneios mais rentáveis para os clubes", diz o diretor de Planejamento são-paulino, João Paulo Jesus
Lopes, que cita a grande procura
dos torcedores para os jogos da
competição como carta fundamental para negociar acordos publicitários no Morumbi.
Hoje, a diretoria espera reunir
quase 75 mil torcedores no estádio. Até ontem, 41 mil ingressos
haviam sido comercializados.
Só com a bilheteria da partida,
cujo ingresso mais barato custa
R$ 10 (para as arquibancadas, que
estão esgotadas), o clube espera
lucrar mais de R$ 600 mil.
Mas a Libertadores não enche
os bolsos do São Paulo só com a
venda de ingressos. Em cada jogo
em casa na primeira fase, os são-paulinos recebem US$ 105 mil
(cerca de R$ 300 mil) da Conmebol. Além disso, o clube ainda lucra com aluguel de camarotes e
contratos publicitários. "Os estádios cheios nos dão maior poder
de barganha para negociar contratos com a TV e placas publicitárias", explica Lopes.
Segundo ele, o São Paulo fez
acordo com a Toyota, patrocinadora oficial da Libertadores, e receberá dois carros avaliados em
R$ 50 mil em cada partida no Morumbi pela primeira fase. Em troca, a empresa expõe os veículos
no gramado antes dos jogos.
Outra vantagem do torneio sul-americano em relação ao Estadual é a possibilidade de o clube
poder explorar as placas estáticas
de publicidade. No Paulista, esse
direito pertence a FPF.
Assim, o São Paulo comercializou as placas do Morumbi para
seus jogos no torneio continental
por US$ 30 mil (quase R$ 90 mil).
A projeção são-paulina, caso
chegue até a decisão da Taça Libertadores, é faturar US$ 4 milhões (R$ 12 milhões), três vezes
mais do que receberá se conseguir
ir à final do Campeonato Paulista.
Os R$ 2 milhões obtidos com os
dois jogos em casa pela Libertadores cobrem o custo mensal de
todo o departamento de futebol.
Esse valor é o que o Corinthians,
que este ano não disputa a Libertadores, tomou emprestado da
Federação Paulista de Futebol para pagar os salários do mês de fevereiro aos seus jogadores.
"O futebol deixou de ser rentável, mas a Libertadores acaba sendo uma exceção a isso", completa
Jesus Lopes.
NA TV - São Paulo x LDU,
Globo e Fox, às 21h45
Texto Anterior: Panorâmica - Futebol: Coritiba tenta sobrevida na Libertadores Próximo Texto: Frase Índice
|