|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
garoto-propaganda
Em campo, Ronaldo, enfim, gera dinheiro
Primeiro gol do atacante infla interesse
em patrocínio e bilhetes do Corinthians
Empresário do jogador diz
ter recebido sondagens;
clube tenta fechar contrato
fixo e vê procura inédita no
ano por ingressos na capital
Daniel Augusto Jr/Foto Arena/Folha Imagem
|
Ronaldo treina menos de 24 horas depois de marcar contra o Palmeiras |
RODRIGO BUENO
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Não precisa nem entrar em
campo. Era o que o presidente
do Corinthians, Andres Sanches, dizia sobre Ronaldo, ao
exaltar as qualidades do jogador como atração de dinheiro.
Só que, de fato, a máquina de
gerar dinheiro do atacante só
começou a girar com ele no gramado. Engrenou de vez quando
ele fez seu primeiro gol, diante
do Palmeiras, empatando o
clássico no último minuto.
Até a semana passada, antes
da estreia diante do Itumbiara,
a diretoria do Corinthians negociava, mas não tinha fechado
contratos de patrocínios fixos
para camisa e calções -perdeu
dois meses de pagamento.
Fez acordos pontuais por jogo -o clássico rendeu pouco
mais de R$ 500 mil. A venda de
ingressos de jogos corintianos
na capital tinha até caído, com a
majoração dos preços. Houve
efeito positivo na comercialização de camisas: subiu 30%. A
Nike tem dificuldade para repor estoques esgotados.
Após o gol, e a ressurreição
esportiva do craque, o interesse
mudou de patamar. Patrocinadores, como Visa, Panasonic e
Lupo, reconheceram ter retorno até de mídia internacional.
Isso repercutiu no mercado.
Ainda ontem, apareceram
novos interessados nas mangas
e no calção do Corinthians. Depois de várias idas e vindas, a diretoria do clube ainda projeta
fechar seu patrocínio principal
da camisa, que já estava em andamento, em breve.
"Já estávamos com processos de patrocínio. Nossa estratégia continua. Estamos negociando a melhor proposta. Mas
é lógico que isso [a presença de
Ronaldo] influencia", disse o
diretor de marketing do Corinthians, Caio Campos.
O clube não negociará mais
contratos pontuais na camisa e
calções. A ideia é fechar por R$
20 milhões, valor previsto no
orçamento, com uma empresa
fixa -o Carrefour é candidato.
Depois do gol de anteontem,
o empresário de Ronaldo, Fabiano Farah, afirmou ter recebido duas consultas de uma
grande empresa e de uma agência publicitária, interessadas
em espaços no uniforme corintiano. Ele participa das transações envolvendo calção e manga da camisa, as quais o jogador
tem direito a 80% do total.
"Cada vez mais os grandes
compradores de espaço publicitários, após o jogo, pensam no
momento de crise onde definir
uma nova prioridade e dar o tiro certo", afirmou o Farah.
Segundo ele, com o gol, atingiu-se exposição na mídia internacional, o que muda o patamar da empresa-alvo.
""Não deu nem tempo de o
Corinthians fazer essa conta.
Deu muita mídia, especialmente internacional", contou gerente-geral de marketing da
Panasonic, Marcelo Miake, que
estampou as mangas corintianas no clássico. "A ação foi um
fenômeno", reforçou o diretor
de marketing da Visa, Luis Cássio Oliveira, que patrocinou o
peito da camisa corintiana.
O interesse nos ingressos
também subiu. Já foram vendidos 19 mil bilhetes para a partida contra o São Caetano, amanhã, no Pacaembu, quando Ronaldo deve estrear na capital.
Haverá 36 mil bilhetes à venda.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Empolgado, agente já fala em renovação Índice
|