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CARNAVAL E CONFUSÃO
Praça grita para celebrar e enfrentar PM
Palco de comemorações de torcedores desde a manhã enfrenta tumulto na festa após o jogo
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Torcedores foram detidos e ao
menos sete policiais ficaram feridos em confusão ocorrida por
volta das 21h de ontem na praça
da Independência, tradicional
ponto de comemorações de Santos, onde cerca de 4.000 santistas
festejavam o título paulista.
As celebrações pela cidade começaram pela manhã, com bandeiras e camisas penduradas nas
janelas de casas e prédios. O clima na praça era de euforia, mas
permaneceu sem incidentes graves até perto das 20h. Para chegarem até o ponto de encontro,
os torcedores precisavam passar
por um cinturão de policiais,
que impedia a entrada de bandeiras com mastro, garrafas de
vidro e instrumentos musicais.
Ambulantes eram barrados.
De acordo com o coronel
Cláudio Marques Trovão, o problema começou quando um
grupo de aproximadamente 40
integrantes da Torcida Jovem
que tentava entrar na praça se
revoltou com a medida, arremessando pedras, pedaços de
ferro e latas de lixo e de bebida
nos policiais militares.
"Em função disso, houve necessidade de uma reação da polícia", afirmou. A Força Tática
lançou bombas de efeito moral e
disparou balas de borracha.
Houve correria e algumas pessoas se esconderam do tumulto.
"Essas técnicas não-letais fazem com que a multidão se disperse e não continue praticando
atos de violência contra a polícia", disse Trovão. Alguns policiais foram atingidos por pedradas na cabeça e precisaram ser
levados a um hospital da região.
Na semana passada, o comando da PM detalhou o plano de
segurança e recomendou ao
Santos que os jogadores não comemorassem na praça, para evitar confusões como a ocorrida
após o Brasileiro de 2004, quando uma pessoa morreu.
Ontem, carros de som e trios
elétricos foram proibidos. Os jogadores, assim como diretoria e
comissão técnica, comemoraram o título em uma churrascaria na Ponta da Praia.
Ontem, cerca de 400 policiais
trabalham no estádio e na praça.
Colaborou Maurício Eirós, da Agência
Folha, em Santos
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