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Plano falha, e Santos adia vaga
Leão faz aposta no 0 a 0 e põe três zagueiros, mas Chivas triunfa e pressiona brasileiros na Libertadores
Chivas 3
Santos 2
Guillermo Arias/Associated Press
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O atacante Kléber Pereira, autor de um dos gols do Santos na derrota para o Chivas pela Libertadores da América, ontem, no estádio Jalisco, em Guadalajara
DA REPORTAGEM LOCAL
Se não levasse gols, o Santos
sairia de campo ontem já classificado na Libertadores. Mas
deixou o gramado com a certeza de que não irá além do segundo lugar no grupo. Com a
derrota, ele não tem mais como
alcançar o Deportivo Cúcuta.
Antes da partida, o técnico
Emerson Leão admitiu que escalou três zagueiros porque seu
time já entrava em campo garantido nos mata-matas se
mantivesse o 0 a 0 inicial.
Assim, era possível esperar a
quase-eliminada equipe mexicana e tentar explorar os contra-ataques. O plano falhou.
Com o time da casa mostrando muita disposição e correria
desde o início, o Santos acabou
acuado. Logo ficou claro que o
setor direito da retaguarda santista apresentava fragilidade.
O ala-direito Dênis aparentava mais preocupação em atacar
e deixava espaço. Atabalhoado,
Domingos tentava cobrir como
podia. Logo no início, atingido
por duas boladas, ele conseguiu
evitar a abertura do placar.
Mas, aos 13min, ao tentar
afastar uma bola alçada na área,
bateu cabeça com Fabão.
A bola sobrou de presente
para Arellano, que chutou para
inaugurar o marcador.
Nervoso, Domingos depois
levou cartão amarelo. Mas a botinada aplicada em Avila não
intimidou o time mexicano,
que investia por aquele lado,
dominando a partida. Só não
ampliou antes, porque Fabio
Costa fez ótima defesa com o
pé, após contra-ataque rival.
Aos 36min, os mexicanos resolveram arriscar uma jogada
pela direita, com Santana.
Domingos chegou atrasado
na marcação, e Rodríguez cabeceou no canto: 2 a 0.
Leão então sacou o defensor.
"Ele se perdeu totalmente no
jogo e tivemos de ajudá-lo
substituindo-o", reconheceu
Leão, sobre Domingos.
O Santos então reagiu. Primeiro, Kléber Pereira exigiu
boa defesa de Michel. Depois, o
atacante fez uma carga sobre
um defensor do Chivas que o
marcava no escanteio e diminuiu a desvantagem.
Logo no início do segundo
tempo, novo golpe contra o
Santos. Depois de cruzamento
pela direita, Santana conferiu
de cabeça e ampliou.
Desta vez, o bicampeão paulista reagiu. E logo conseguiu
falta próxima da área. Kléber
cobrou, e o goleiro teve sua dose de colaboração no segundo
gol do time de Leão.
O tento trouxe equilíbrio à
partida, na medida em que motivou o Santos a atacar -e o
Chivas a recuar, sobretudo depois das alterações promovidas
por seu treinador.
Depois, com a entrada de
Tiago Luís, o time da Vila Belmiro aumentou a pressão.
Mas deu espaço, e o Chivas só
não marcou porque Medina
chutou por cima do gol, depois
de receber livre belo passe de
peito na marca do pênalti.
No fim, o time litorâneo bem
que tentou o merecido empate.
Mas não conseguiu, pois com
catimba e faltas mais duras, os
mexicanos reduziram o ritmo
da partida, enervando os brasileiros até o apito final.
O Santos volta a campo na
próxima quarta-feira, atrás de
um ponto para avançar na Libertadores. Enfrenta o colombiano Cúcuta na Vila Belmiro,
na última rodada da fase.
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