São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2008

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No sufoco, São Paulo reintegra Hugo

Para montar banco hoje contra o Audax, time recebe atleta que há 17 dias não era relacionado por decisão do presidente

Pedido surge da comissão técnica, e diretoria o atende, negando emergência ou que aliviará as punições de Carlos Alberto e Fábio Santos

Fernando Pilatos/Gazeta Press
O meia Hugo, durante embarque para o Chile

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Na hora do aperto, o São Paulo acabou voltando atrás numa decisão presidencial para atender às necessidades de Muricy Ramalho diante de um elenco de Libertadores que encolheu.
O time viajou com 17 jogadores para Santiago, no Chile, onde enfrenta hoje o Audax Italiano pela penúltima rodada da fase de grupos do torneio.
A surpresa foi o aparecimento do meio-campista Hugo na delegação são-paulina no aeroporto de Guarulhos -a última vez em que o atleta havia sido relacionado para uma partida tinha sido em 23 de março.
"Consegui contornar alguns problemas e fico feliz de poder ajudar o São Paulo. O futuro a gente vê depois", afirmou o meio-campista, magoado com a versão de que seu afastamento tivesse se dado por deficiência técnica. "Quem disse isso fez um comentário infeliz."
Hugo não foi suspenso, mas foi afastado por ter demonstrado interesse em sair do São Paulo, que atravessa um primeiro semestre conturbado.
Para atender a desejo da mulher, que queria morar em Porto Alegre devido ao nascimento do filho, o jogador pretendia ser negociado com o Grêmio, que o sondou no início da temporada.
A decisão de fazê-lo treinar isoladamente partira do próprio presidente Juvenal Juvêncio, após o 1 a 0 sobre o Guarani, quando tomou conhecimento de que o jogador estava desmotivado. Caso Hugo tivesse recebido alguma proposta nesse intervalo, teria saído do clube, o que não ocorreu. Seu contrato com o time do Morumbi vai até dezembro de 2009.
"Ele voltou porque está treinando bem, e o São Paulo precisa dele para completar o time. O comportamento dele é bom, e ele quer jogar", disse o vice de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva. No dia anterior, Muricy havia elogiado o atleta, que já treinava com os colegas.
Segundo o assessor especial da presidência João Paulo de Jesus Lopes, a volta do meio-campista ao elenco não significa que o clube passará a mão na cabeça dos suspensos Fábio Santos e Carlos Alberto, abreviando-lhes as punições impostas pela diretoria.
"Não tem nada disso. O Hugo não estava punido. Foi nos passado pela comissão técnica que ele vinha treinando bem, e nós atendemos a um pedido."
Para Jesus Lopes, não se trata de uma situação tão emergencial. "Não somos os únicos que têm dificuldades de montar o banco na Libertadores. Outros times têm viajado com até menos, por causa da limitação de 25 atletas inscritos."
Sem Zé Luis, que ficou em São Paulo devido a problemas musculares na coxa, Muricy deve escalar Richarlyson e Hernanes como sua dupla de volantes. Júnior deve atuar pelo lado esquerdo, e Éder Luís irá compor o meio-campo. O lateral-direito Éder também tem grande chance de ser visto em campo.
O meia Sérgio Mota, que deu duas assistências precisas na vitória de domingo contra o Juventus, não está inscrito no torneio. O Audax também tem problemas: Villanueva, autor do gol no jogo de ida, está lesionado e deve ser desfalque.
Uma vitória simples hoje já garantirá ao São Paulo a vaga nas oitavas -o que pode vir com a liderança do Grupo 7 caso o Nacional de Medellín (COL) tropece diante do Sportivo Luqueño, no Paraguai. Se empatar, o time ainda poderá lutar pela ponta na última rodada, contra os colombianos, no próximo dia 23.


NA TV - São Paulo x Audax Italiano
Sportv, ao vivo, às 22h30



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