São Paulo, sábado, 10 de abril de 2010

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NY abre arena-camaleão para equipes rivais

Orçado em R$ 2,8 bilhões, New Meadowlands Stadium será a casa dos Jets e dos Giants, times de futebol americano da cidade

Bill Kostroun/Associated Press
O New Meadowlans, que tem capacidade de 82,5 mil pessoas e cujo campo é de grama sintética

CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK

Um estádio impessoal, camaleônico, que se transforma conforme o time da casa e que serve aos dois dos maiores rivais do futebol americano: New York Jets e New York Giants.
É assim o New Meadowlands Stadium, nova arena de US$ 1,6 bilhão (R$ 2,8 bilhões), construída em Nova Jersey para ser dividida entre os Giants e os Jets e que terá sua pré-inauguração hoje, com jogos de lacrosse. Só em 16 de agosto os rivais inaugurarão a obra, juntos.
A nova arena, onde a reportagem esteve anteontem, substitui o Giants Stadium, inaugurado em 1976 para abrigar o time que lhe rendeu o nome, mas que acabou agregando também o seu rival, a partir de 1984.
Ao lado da nova construção ainda é possível ver a carcaça do velho estádio, cuja demolição está prevista para ser concluída em meados de julho.
Cerca de dez metros mais alto, o New Meadowlands Stadium abriga 2.000 pessoas a mais, com capacidade total para 82,5 mil torcedores. Eram os fãs a maior preocupação dos times ao dividir o mesmo estádio, disse Mark Lamping, presidente da New Meadowlands Stadium Company, empresa criada para cuidar da obra.
"O que fez a parceria funcionar foi que os dois times estavam convencidos de que, quando eles fossem o time da casa, os fãs sentiriam que aquele é o estádio deles, não de outro", afirmou Lamping. "Eles tomaram certas decisões desde cedo: que não haveria nada permanente que fosse azul [cor dos Giants] ou verde [a dos Jets] e que tudo que tivesse uma dessas cores seria fácil de mudar de uma semana a outra."
Por isso mesmo, a arena exibia um tom um tanto impessoal na última quinta, sem símbolos, logos ou cores que remetessem a uma ou outra equipe.
Na arquibancada, os assentos são todos cinzas, assim como as paredes de concreto em torno do estádio. As áreas VIP -um camarote chega a custar US$ 1 milhão- ou de restaurantes e bares, com detalhes em madeira e couro, também demonstram a neutralidade.
É na decoração, transformada em poucas horas, que o estádio guarda o seu trunfo: as luzes, dentro e fora, serão verdes, azuis, vermelhas (shows) ou brancas (para as partidas sem Jets ou Giants); nas lojas dedicadas aos fãs, um estande vira 360 graus -de cada lado, os artigos de um dos times.
As inúmeras telas de plasma espalhadas pela arena e os quatro telões dentro do campo exibirão só imagens do time titular em determinado jogo. Os vestiários são dois, com metragem idêntica e customização escolhida por cada equipe. "Mas a cor do estádio é a que os fãs vestem", disse Lamping.
Por esperar muitos jogos e eventos, diz o presidente da companhia, a opção foi por grama sintética. Entre a abertura de hoje e a inauguração oficial, já estão previstos ao menos cinco grandes shows -quatro do Bon Jovi e um do U2.


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