São Paulo, sábado, 10 de junho de 2006

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Aberto da França revive era de Borg, Lendl e McEnroe

Líderes do ranking mundial, Roger Federer e Rafael Nadal confirmam favoritismo e passam à final em Roland Garros

Decisão em Paris reunirá os dois melhores da atualidade pela terceira vez na história, a primeira desde 84, quando Lendl ganhou de McEnroe


TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando Roger Federer e Rafael Nadal entrarem amanhã na quadra central de Roland Garros, o tênis masculino mergulhará décadas no tempo e voltará aos seus melhores dias.
Isso porque a decisão do Aberto da França, a partir das 10h (de Brasília) deste domingo, já tem lugar na história antes mesmo de começar. Por opor dois dos maiores tenistas da história. E por ser a primeira decisão em Paris desde 1984 com os dois líderes do ranking.
Sinal da imprevisibilidade do confronto, há 22 anos o número 2 levou a melhor, com a vitória de Ivan Lendl sobre John McEnroe na mais longa final da história do Grand Slam francês, com 51 games disputados.
Antes, só em outras duas ocasiões os dois melhores se cruzaram na decisão em Paris: em 1978, com o triunfo do número 1, o sueco Bjorn Borg, sobre o argentino Guilermo Villas, e em 1968, quando Ken Rosewall, número 2, ganhou de Rod Laver, então melhor do mundo.
O atual Aberto da França, mais importante competição do saibro no ano, vinha já se destacando pelo alto nível por reunir, pela primeira vez em seis anos, os 20 primeiros no ranking. E por confrontar os quatro melhores do mundo nas semifinais, algo que não ocorria em Roland Garros desde 1985.
Se as semis servirem para indicar um favorito, este é o espanhol Nadal, o número 2. Ele, que busca o bi em Paris, bateu ontem o croata Ivan Ljubicic por três sets a zero. E só teve dificuldades no terceiro, quando foi ao tie-break. "Tive minha melhor atuação aqui", falou.
Nadal, 20, possui hoje a maior série de vitórias no saibro em todos os tempos: são 59 partidas e 14 meses sem perder.
Mas Federer, 24, o número 1, levará a vantagem de sua semi ter durado uma hora e dez a menos. David Nalbandian, seu adversário, desistiu no terceiro set, com dores abdominais. O suíço fará sua primeira final em Paris. E justamente contra seu algoz em três decisões no ano.


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