Contratado desde 2001, brasileiro torna-se piloto com mais tempo de contrato pela escuderia

DE SÃO PAULO

Seis meses antes do fim do atual contrato, a Ferrari anunciou ontem a renovação do compromisso com Felipe Massa até o final de 2012.
Vinculado à escuderia italiana desde 2001, o brasileiro torna-se assim o piloto que mais tempo permaneceu contratado pelo time de Maranello dentre os 93 que disputaram ao menos um GP.
Antes de Massa, Michael Schumacher era o detentor dessa marca: foram 11 temporadas a serviço da Ferrari.
"Estou muito feliz de ter a oportunidade de guiar pela Ferrari por mais duas temporadas", declarou Massa, 29, que neste final de semana disputa o GP do Canadá, oitava etapa do Mundial de F-1.
"Na minha carreira sempre corri com motores feitos em Maranello e é motivo de orgulho para mim continuar trabalhando em um time que considero como minha segunda família", completou.
A escuderia de fato acolheu Massa desde cedo. Campeão da F-3000 europeia em 2001, foi levado à F-1 por seu empresário, Nicolas Todt, filho de Jean, então chefe da Ferrari. Em 2002, por intermédio do time italiano, estreou na categoria pela Sauber. Em 2003 serviu como piloto de testes da Ferrari para, em 2004, voltar como titular da Sauber. Após dois anos, estreou como piloto Ferrari, ao lado de Schumacher.
Desde então, já disputou 69 corridas pela equipe. Conquistou 11 vitórias, 30 pódios e 15 poles. Sua melhor temporada foi a de 2008, quando perdeu o título para Lewis Hamilton na última curva do GP Brasil, em Interlagos.
No ano passado, sofreu um grave acidente, na Hungria, quando foi acertado na testa por uma mola. Na ocasião, a Ferrari mostrou enorme carinho pelo brasileiro.
Carinho mostrado por Stefano Domenicali, chefe do time, ontem. "Felipe é parte da Ferrari há quase uma década e, ao nosso lado, cresceu como piloto e como homem."
O anúncio também significa que Massa será companheiro de Fernando Alonso por pelo menos mais duas temporadas. O contrato do espanhol vence em 2012.
"Queríamos dar uma mostra de que teremos estabilidade para o futuro", justificou Domenicali. "Acreditamos ter uma dupla de pilotos equivalente em termos de talento, de velocidade e de habilidade para trabalhar juntos pelo bem da escuderia."


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