São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2011

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros

MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Saladas, filés e desafios dos pneus em 2011

APESAR DO PÉSSIMO gosto gastronômico (pediu um troço chamado "salada morna"), Di Grassi é bom sujeito.
Dos pilotos que cruzei nesses anos, é aquele com mais conhecimento técnico: curioso sobre a teoria, dedicado à prática. Tem facilidade em falar sobre isso tudo. E vive, hoje, no olho do furacão da F-1. Os pneus da Pirelli.
É o piloto de testes da empresa italiana, ao volante de um Toyota híbrido 2009- -2010. E, na próxima semana, em Jerez de la Frontera, mergulhará em mais três dias de trabalho intenso.
"São 1.000 km por dia, mais do que três GPs", contou, entre uma garfada e outra, num almoço nesta semana -minha escolha foi um básico "filé da casa".
Preferências alimentares à parte, foi um papo dos mais didáticos sobre um assunto agudo para a F-1.
Segundo Di Grassi, são três os principais desafios que a fornecedora de pneus encara neste momento.
O primeiro, resolver os "marbles", as pelotas de borracha que se soltam dos pneus, emporcalham a pista e atrapalham a pilotagem. Há pelotinhas e pelotonas. O problema é que os Pirelli atuais produzem o segundo tipo.
Depois, melhorar o casamento dos compostos com o asfalto. Os atuais pneus não emborracham as pistas. Do primeiro treino livre à última volta de um GP, não melhoram as condições de um circuito, uma pena...
Por fim, a Pirelli tenta ser mais versátil. Poucas equipes, pelas características de seus carros, obtêm o pico da eficiência da borracha. O resto se lasca. A Red Bull é a rainha do primeiro grupo. A Ferrari está no segundo.
A Pirelli sabe desses problemas. Já é um começo.
Até logo, boa viagem, bom trabalho. É sempre bom falar com gente que entende. E, quando for jantar em Jerez, vê se toma jeito e pede um puchero.

CINEMA
PRO ALTO
No Brasil, "Senna" foi exibido em poucas salas e teve repercussão limitada aos fãs de F-1. No Reino Unido, o filme fez a sexta maior bilheteria do ano para um fim de semana de estreia e bateu o recorde histórico para um documentário, arrecadando US$ 614 mil. Pode não dizer nada. Pode dizer muita coisa. Divulgação eficiente e boa memória, por exemplo.

CALENDÁRIO
PRA BAIXO
A FIA e Bernie Ecclestone cancelaram de vez o GP do Bahrein, devido à crise política no país. E o calendário fica como antes, com a corrida na Índia em 30 de outubro. Vitória histórica dos times ou tudo não passou de jogo de cena dos cartolas para agradar aos promotores bareinitas? O histórico da categoria recomenda apostar as fichas na segunda opção.


Texto Anterior: Mundial sub-20 já aflige o Morumbi
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.