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Doping é confirmado e tribunal afasta Dodô
Atacante e cartola do clube
não explicaram o motivo
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
A Comissão Nacional de Dopagem da CBF confirmou ontem à noite o resultado positivo
na contraprova do exame do
atacante Dodô, do Botafogo. A
substância proibida encontrada foi o femproporex, um estimulante. O presidente do STJD
(Superior Tribunal de justiça
Desportiva), Rubens Approbato, suspendeu preventivamente o jogador por 30 dias.
No início da noite, o atacante
Dodô e o presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, confirmaram o resultado do exame,
mas não souberam explicar o
motivo do doping. "Apesar de
ter aparecido essa substância,
tenho minha consciência tranqüila, independente do que
ocorrer", disse o jogador, que é
vice-artilheiro do campeonato,
com 7 gols. O exame que deu resultado positivo foi feito após o
clássico contra o Vasco, vencido pelo Botafogo, 4 a 0, no mês
passado -Dodô marcou dois.
O jogador deverá ser julgado
em agosto. Ele pode ser punido
por até 360 dias. A suspensão
mínima é de 120 dias.
"Temos confiança absoluta
na nossa comissão médica e no
nosso atleta. Não temos uma
explicação e vamos investigar
isso até o fim", disse Freitas. O
jogador contou que faz uso de
três suplementos alimentares
por orientação do clube. "Estamos surpresos. A única explicação é uma contaminação. O curioso é que todos os jogadores
fazem uso desses suplementos
e só o exame do Dodô deu positivo", afirmou o dirigente.
No clássico contra o Vasco, o
goleiro Max fez o exame e nenhuma substância proibida foi
encontrada. Dodô foi sorteado
quatro vezes para exames antidoping no Campeonato Brasileiro. Na semana passada, no
clássico entre Botafogo e Fluminense, ele fez o exame. O resultado ainda não foi divulgado.
O médico do Botafogo, Márcio Cunha, defendeu o fabricante dos suplementos, mas é
favorável à investigação.
Segundo médicos, a substância melhora a performance, diminuindo a sensação de fadiga
e aumentando a capacidade
cardiorrespiratória, a força e a
resistência muscular.
Em 2000, a mesma substância foi detectada no exame do
lateral Athirson, ex-Flamengo.
Ele foi absolvido em primeira
instância pela Comissão Disciplinar do STJD, com o argumento de que teria havido erro
de manipulação no suplemento
alimentar Myo-Gen.
Uma perícia de seis produtos
supostamente usados por
Athirson, realizada pelo Laboratório Central Noel Nutels na
véspera do primeiro julgamento, constatou a presença de
femproporex nas únicas cápsulas sem identificação de procedência, que estavam no frasco
do Myo-Gen. Ele foi inocentado, apesar de três amostras
constatarem a presença de
femproporex.
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