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Sem-medalha chegam otimistas ao Rio
São Cristóvão e Névis e Ilhas Virgens Britânicas, que nunca tiveram atletas no pódio em Pans, prevêem término do jejum
Aruba traz a equipe mais diversificada dos azarões, com competidores no nado sincronizado, no ciclismo, no atletismo e no taekwondo
ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
A três dias do início do Pan
do Rio, a maioria dos protagonistas dos Jogos já enviou seus
primeiros representantes ao
Brasil. Ontem também foi o dia
da chegada de coadjuvantes.
Os atletas de São Cristóvão e
Névis, que nunca subiu ao pódio nos Jogos, chegaram pela
manhã à Vila Pan-Americana.
Foi o primeiro país que busca
conquistar sua primeira medalha a chegar ao Rio.
A realidade é similar à de outras pequenas ilhas que ainda
sonham em participar de sua
primeira cerimônia de pódio:
Aruba, Ilhas Virgens Britânicas, Guadalupe e Martinica.
As duas últimas, presentes
em Santo Domingo-03, nem
irão enviar delegação ao Brasil.
Em comum, todos os países
têm pouca extensão territorial
e população escassa. Mas, mesmo alguns virgens de conquistas, fazem altas apostas sobre
sua participação no Pan-07.
"Esperamos alcançar pelo
menos seis medalhas nos Jogos
do Rio. A delegação será composta por 20 atletas, e nossas
maiores possibilidades de medalhas estão concentradas no
atletismo", afirmou à Folha
Glenville Jeffers, secretário-geral do Comitê Olímpico de
São Cristóvão e Névis.
A grande aposta da entidade
é nas provas de velocidade (100
m a 400 m). A maioria dos velocistas tem experiência em torneios universitários nos EUA.
Para atingir o pódio, o país
aposta em Virgil Hodge e Tanika Liburd, no feminino, e Melville Rogers e Delwayne Delaney, no masculino.
Só Virgil aparece no ranking
da Iaaf (entidade que comanda
o atletismo) entre as melhores
marcas dos 200 m no ano.
O maior feito da história esportiva do país foi a medalha de
ouro de Kim Collins nos 100 m
no Mundial de atletismo de Paris, em 2003. Nem o Brasil,
com investimentos bem superiores, conseguiu ganhar um
ouro na competição.
O triunfo de Collins, porém,
foi em uma das finais mais lentas da história do Mundial. Seu
tempo, de 10s07, só o colocaria
à frente de Carl Lewis, que
triunfou na prova na primeira
edição do Mundial, disputada
em Helsinque, em 1983.
Virgem até no nome, as Ilhas
Virgens Britânicas são outro
país que busca sua primeira
glória pan-americana. E, para o
Rio, o comitê local acredita que
o jejum será encerrado.
"Nossa expectativa é conseguir uma medalha na prova feminina dos 100 m com a Tahesia Harrigan", comentou Dean
Greenaway, secretário-geral do
comitê olímpico local.
Tahesia foi campeã da prova
nos Jogos Centro-Americanos
e do Caribe, em 2006. Nesta
temporada, sua melhor marca
é 11s20, igual à da brasileira Lucimar Aparecida de Moura,
principal velocista do país.
"Temos pouco apoio para desenvolvermos nossos projetos,
apenas uma pequena subvenção que foi liberada pelo governo. Por isso, nossa atleta que
irá correr os 100 m é a única esportista profissional da delegação", disse Greenaway.
Com cinco atletas, a delegação das Ilhas Virgens Britânicas é a segunda menor do Pan
-Santa Lúcia também enviou
o mesmo número de atletas.
Apenas Dominica, com três
competidores, todos do atletismo, possui time mais enxuto.
"O Pan será parte importante do processo de preparação
de nossa equipe para os Jogos
Olímpicos de Pequim, no ano
que vem", declara o dirigente.
Já Aruba é o país nanico da
América mais diversificado. O
país classificou atletas para disputar nado sincronizado, ciclismo, atletismo e taekwondo.
Mas nenhum deles chega ao
Rio com chances reais de subir
ao pódio. O que vier será lucro.
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