São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

De virada, São Paulo cai pela 1ª vez fora

Revés no Recife deixa time a 9 pontos do líder e sob pressão para clássico

Náutico 2
São Paulo 1


Aldo Carneiro/Gazeta Press
O ala Joílson, do São Paulo, que sofreu ontem sua primeira derrota como visitante no Brasileiro

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

No estádio dos Aflitos, o São Paulo teve sua primeira derrota como visitante no Brasileiro. O revés acentua a freada na tabela, iniciada no 1 a 1 com o Ipatinga, e vê abrir um grande abismo para o líder Flamengo.
Agora, são nove pontos de diferença, o que realmente começa a descredenciar os tricolores ao título. Mesmo com toda crença que Muricy Ramalho deposita na resistência são-paulina ao efeito da janela européia, a corrida ao hexa está ficando bem mais difícil.
E uma vitória contra o Palmeiras no domingo começa a parecer obrigatória para que o atual oitavo colocado continue sonhando, no mínimo, com a vaga na Libertadores.
Sacudido por Muricy Ramalho durante a semana, o São Paulo mostrou um futebol muito melhor que o do empate com o Ipatinga, mas a defesa, que perdeu Miranda machucado no começo do jogo, obrigava Rogério a trabalhar. Assim, Juninho entrou no defesa, que já tinha Zé Luis improvisado.
Hernanes mostrou que ainda mantém o foco, fazendo bela jogada que resultou num cruzamento para Borges abrir o placar aos 19min.
Aos 23min, porém, Radamés empatou de cabeça. E a verdade é que o futebol ainda é uma ciência inexata, com direito a lances muito difíceis. O São Paulo deixou três pontos preciosos no Recife em dois lances daqueles que deixam árbitros e auxiliares com dúvidas.
O gol de Aloísio, anulado nos primeiros minutos, e o de Radamés, confirmado, saíram em momentos de aflição para os auxiliares e revoltaram são-paulinos, mas pareceram decisões corretas no replay da TV.
Mas, aos 12min do segundo tempo, Everaldo resolveu a partida: abriu pelo lado esquerdo e mandou um disparo de longe que pegou Rogério no ângulo oposto, encobrindo-o.
"Essas coisas acontecem. Neste ano, a sorte não está do nosso lado", declarou o meio-campo Hugo, ao sair.
Luta não faltou. Aos 21min, Borges quase conseguiu o empate. Passou pelo goleiro Eduardo e, ao tentar a conclusão, foi travado por um zagueiro. Caído e com o gol aberto, ainda tentou um toquinho para as redes, mas João Paulo salvou à beira do gol.
O São Paulo ainda manteve o domínio da partida no segundo tempo, mas não converteu suas chances. Rogério cobrou uma belíssima falta, espalmada pelo goleiro alvirrubro, e Hernanes, nos descontos, deu belo disparo no canto esquerdo. "Desprezamos o poder de reação do Náutico, tivemos cinco chances no segundo tempo mas não aproveitamos", disse Muricy.
Resta ao São Paulo tentar evitar que o arqui-rival Palmeiras dispare no Morumbi, independentemente de seu resultaante o Figueirense. Enquanto isso, o Náutico também enfrenta o tradicional rival Sport num clássico, nos Aflitos.


Colaborou a Agência Folha, no Recife


Texto Anterior: Suspenso por 2 anos, Rodrigo Souto joga
Próximo Texto: Irritação: Arbitragem é alvo de crítica
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.