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FUTEBOL
Time do Morumbi, que no primeiro semestre teve média de 1,24 gol sofrido por jogo, terá dois estreantes no setor
São Paulo estréia preocupado com defesa
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de ter se reforçado, trocado a comissão técnica e até
mesmo ter passado por mudanças no comando do clube, o São
Paulo começa o Campeonato
Brasileiro com a mesma preocupação que tem acompanhado a
equipe há tempos: a defesa.
O time que estréia hoje no Nacional, às 16h, no estádio do Morumbi, contra o Paysandu, ainda
sofre com as incertezas a respeito
de sua eficiência defensiva.
O time comandado pelo técnico
Oswaldo de Oliveira terá hoje dois
estreantes na equipe titular. Ambos são jogadores do setor defensivo: o zagueiro Ameli e o lateral-esquerdo Jorginho Paulista.
O São Paulo teve um desempenho defensivo ruim no primeiro
semestre. Foram 52 gols sofridos
em 42 jogos disputados nas três
competições oficiais em que o time jogou (Torneio Rio-SP, Copa
do Brasil e Supercampeonato
Paulista). A média de gols sofridos por jogo foi de 1,24.
Já no segundo semestre, na Copa dos Campeões, a média de gols
sofridos foi um pouco menor. Foram três em três jogos disputados.
A nova diretoria, que assumiu o
comando do clube no final de
maio -após o então candidato
de oposição Marcelo Portugal
Gouvêa derrotar Paulo Amaral
nas eleições para presidente do
São Paulo-, havia prometido a
contratação de um "reforço de
peso" para a defesa do São Paulo.
Ao reforçar o elenco são-paulino, deu ênfase à contratação de
um zagueiro. O argentino Ameli
foi contratado do Internacional
como uma tentativa de reforçar o
setor. O outro reforço para a defesa foi o lateral-esquerdo Jorginho
Paulista, contratado a pedido do
técnico Oswaldo de Oliveira.
Para o zagueiro Jean, que alternou a vaga de titular no primeiro
semestre com Wilson, Reginaldo
e Emerson, já há uma mudança
de comportamento defensivo da
equipe são-paulina.
"O Nelsinho [Baptista, ex-técnico do São Paulo] cobrava uma
maior preocupação em se defender, o que não acontecia. Agora, o
meio-campo e o ataque estão
mais conscientizados de que têm
de ajudar na marcação", analisa.
O argentino Ameli concorda
com seu companheiro de zaga.
"Se o time não funcionar coletivamente, não adianta trazer os
dois melhores zagueiros da Europa", exemplifica. "É a mesma coisa na frente. Não adianta trazer o
Batistuta se o ataque não for abastecido", compara o zagueiro.
O técnico Oswaldo de Oliveira,
durante a fase de preparação para
o Brasileiro, chegou a testar dois
esquemas defensivos. No primeiro, que deverá ser utilizado hoje, o
volante Maldonado joga mais recuado, quase como um terceiro
zagueiro -forma de atuar semelhante à implantada por Nelsinho
no primeiro semestre. No segundo, o time joga com três na defesa,
tendo o lateral-esquerdo Gustavo
Nery improvisado na zaga, com
Ameli fazendo a função de líbero.
"Eu aproveitei o tempo de treinamento para fazer simulações de
jogo que eventualmente possam
ocorrer", afirmou o treinador. Para ele, no entanto, o desempenho
da defesa ainda não é a ideal.
"É preciso que haja uma articulação defensiva. Todos precisam
participar. Uns, de maneira mais
ativa. Outros, de forma mais periférica, conforme a situação."
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