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Federação cria reforço para árbitros, mas ainda nega profissionalização
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi inaugurado ontem um
programa de aulas práticas
para árbitros paulistas. Idealizadora da iniciativa, a Federação Paulista de Futebol,
porém, mantém-se afastada
da profissionalização, pedida por juízes e pela Fifa.
Os árbitros terão dois dias
de aulas por semana, com
instrutores da FPF, em jogos
simulados com atletas do
clube Nacional. Até juízes da
Série A com experiência receberão noções básicas.
Mas sua presença não é
obrigatória, até porque quase todos têm outra profissão.
E a cúpula da FPF não pretende mudar essa realidade.
"Não é um passo em direção à profissionalização",
disse o presidente da federação, Marco Polo Del Nero.
O presidente da Comissão
de Arbitragem da FPF, Marcos Marinho, chegou a falar
em semiprofissionalização.
Mas , na prática, os juízes seguem sem vínculo empregatício com a federação.
"Acho que poderíamos reduzir bastante os erros [caso
fossem profissionais]. Daria
para dedicar o dia seguinte a
ver teipes e se preparar para
o próximo", contou o árbitro
Paulo César Oliveira, que fez
elogios às aulas da FPF.
Defendida pela Fifa, a profissionalização implicaria
um aumento considerável
dos custos. Del Nero não
quis dizer quanto gastará no
novo projeto. Marinho afirmou que foi o investimento
mais alto no setor.
Porém o Nacional, que cederá campo e atletas para o
projeto, só receberá ajuda
para melhorias de infra-estrutura. Além disso, houve
gastos com câmeras e uniformes.0
(RODRIGO MATTOS)
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