|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BASQUETE
Brasil larga com derrota para Coréia e se complica
Na prorrogação, equipe do técnico Paulo Bassul se descontrola e cai
"O time errou demais, foram 29 bolas desperdiçadas", constata o treinador, que
vê crescer chance de cruzar precocemente com os EUA
EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM
Na prorrogação, após empate
em 55 pontos no tempo regulamentar e uma série de bolas
desperdiçadas, a seleção brasileira feminina do Brasil sofreu
dramática derrota para a da Coréia do Sul, por 68 a 62, na estréia no torneio feminino.
"O time errou demais, foram
29 bolas desperdiçadas, erros
que impediram a construção da
vitória", afirmou o técnico Paulo Bassul, do Brasil, destacando
que o nervosismo da estréia pode ter influenciado.
Ele realçou ainda que os erros não foram provocados pelas
rivais, ou seja, simplesmente as
brasileiras falharam.
Na verdade, a defesa brasileira esteve bem -o plano era não
deixar as adversárias marcarem mais de 60 pontos-, embora a Coréia seja especialista
em arremessos longos e placares altos, mas descompensados
por fracasso defensivo. No
Mundial de 2006, o Brasil havia
ganhado da Coréia por 106 a 86.
Na próxima partida, amanhã,
às 11h15 (de Brasília), as brasileiras voltam à quadra para enfrentar uma das favoritas ao título olímpico, a Austrália, atual
campeã mundial.
Em 13 jogos oficiais contra a
Austrália, as brasileiras foram
derrotadas em 10, duas vezes
no Mundial de São Paulo, em
2006, os jogos mais recentes.
O Brasil está no Grupo A, que
oferece quatro vagas para a
próxima fase, mas a derrota
contra as sul-coreanas complicou a situação do time.
Austrália e Rússia são favoritas no grupo. Agora, o Brasil
não pode perder pelo menos
dois jogos: Letônia e Belarus
são as hipóteses mais possíveis.
Mesmo assim, haveria a chance
de situações pró e contra para a
conquista da vaga.
Em outro cenário, apenas
uma combinação de resultados
fora da lógica pode salvar o time. O temor é terminar em
quarto lugar no grupo e cruzar
com os EUA na fase seguinte.
No Grupo B estão China,
EUA, Espanha, Mali, Nova Zelândia e República Tcheca.
Ontem, as brasileiras chegaram a estar vencendo o quarto
período por sete pontos (48 a
41), mas permitiram a reação e
o empate (55 a 55). No final, o
Brasil desperdiçou a chance de
desempatar com Micaela.
Na prorrogação, descontrolou-se. Kelly foi a cestinha do
Brasil, com 13 pontos, vindo a
seguir, com 10, Adrianinha, Micaela e Patrícia. O time pegou
53 rebotes, contra 31 da rival.
As cestinhas sul-coreanas foram Choi Younah e Beon Yeonha, com 19 pontos cada uma,
vindo a seguir Kim Jungeun,
com 12, e Jung Sunmin, com 10.
Os aproveitamentos de arremessos do Brasil foram baixos:
de campo, 35%, sendo 40% de
dois pontos e 27% de três pontos. A Coréia não foi muito diferente, com 36% no total: 47%
de acerto nos tiros de dois pontos e apenas 17% nos de três.
Mas cometeu só 12 erros.
Nos lances livres, o Brasil
também foi pior: 77% a 88%.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Frase Índice
|