São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BASQUETE

Brasil larga com derrota para Coréia e se complica

Na prorrogação, equipe do técnico Paulo Bassul se descontrola e cai

"O time errou demais, foram 29 bolas desperdiçadas", constata o treinador, que vê crescer chance de cruzar precocemente com os EUA

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM

Na prorrogação, após empate em 55 pontos no tempo regulamentar e uma série de bolas desperdiçadas, a seleção brasileira feminina do Brasil sofreu dramática derrota para a da Coréia do Sul, por 68 a 62, na estréia no torneio feminino.
"O time errou demais, foram 29 bolas desperdiçadas, erros que impediram a construção da vitória", afirmou o técnico Paulo Bassul, do Brasil, destacando que o nervosismo da estréia pode ter influenciado.
Ele realçou ainda que os erros não foram provocados pelas rivais, ou seja, simplesmente as brasileiras falharam.
Na verdade, a defesa brasileira esteve bem -o plano era não deixar as adversárias marcarem mais de 60 pontos-, embora a Coréia seja especialista em arremessos longos e placares altos, mas descompensados por fracasso defensivo. No Mundial de 2006, o Brasil havia ganhado da Coréia por 106 a 86.
Na próxima partida, amanhã, às 11h15 (de Brasília), as brasileiras voltam à quadra para enfrentar uma das favoritas ao título olímpico, a Austrália, atual campeã mundial.
Em 13 jogos oficiais contra a Austrália, as brasileiras foram derrotadas em 10, duas vezes no Mundial de São Paulo, em 2006, os jogos mais recentes.
O Brasil está no Grupo A, que oferece quatro vagas para a próxima fase, mas a derrota contra as sul-coreanas complicou a situação do time.
Austrália e Rússia são favoritas no grupo. Agora, o Brasil não pode perder pelo menos dois jogos: Letônia e Belarus são as hipóteses mais possíveis. Mesmo assim, haveria a chance de situações pró e contra para a conquista da vaga.
Em outro cenário, apenas uma combinação de resultados fora da lógica pode salvar o time. O temor é terminar em quarto lugar no grupo e cruzar com os EUA na fase seguinte.
No Grupo B estão China, EUA, Espanha, Mali, Nova Zelândia e República Tcheca.
Ontem, as brasileiras chegaram a estar vencendo o quarto período por sete pontos (48 a 41), mas permitiram a reação e o empate (55 a 55). No final, o Brasil desperdiçou a chance de desempatar com Micaela.
Na prorrogação, descontrolou-se. Kelly foi a cestinha do Brasil, com 13 pontos, vindo a seguir, com 10, Adrianinha, Micaela e Patrícia. O time pegou 53 rebotes, contra 31 da rival.
As cestinhas sul-coreanas foram Choi Younah e Beon Yeonha, com 19 pontos cada uma, vindo a seguir Kim Jungeun, com 12, e Jung Sunmin, com 10.
Os aproveitamentos de arremessos do Brasil foram baixos: de campo, 35%, sendo 40% de dois pontos e 27% de três pontos. A Coréia não foi muito diferente, com 36% no total: 47% de acerto nos tiros de dois pontos e apenas 17% nos de três. Mas cometeu só 12 erros.
Nos lances livres, o Brasil também foi pior: 77% a 88%.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.