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Rio atrasa subsídio a atletas e usa caso de doping como justificativa
DA REPORTAGEM LOCAL
Disputas entre atletas e cartolas e atraso de salários não
são novidade no judô nacional.
Os 13 judocas que seriam beneficiados por um acordo entre
Confederação Brasileira de Judô (CBJ), federação do Rio de
Janeiro da modalidade e o governo do Estado do Rio, que foi
assinado em abril deste ano,
ainda não receberam o valor
prometido pelas instâncias.
Em evento com a presença
do governador Sérgio Cabral
Filho foi prometido para 14 judocas a divisão de R$ 500 mil
por ano. Pelo que foi anunciado, a verba deveria ser gerenciada pela confederação.
A lista de beneficiados contava com o judoca Victor Penalber, que acabou sendo suspenso preventivamente por doping
e, desde 2008, não compete.
A lei, no entanto, proíbe o repasse de recursos do governo
de acordo com o artigo 10º do
Código Mundial Antidoping.
O subitem 10.3 do código é
claro sobre a punição pecuniária a atletas flagrados.
Ele diz que "caso cometa
qualquer infração às normas do
antidoping, o atleta se verá privado da totalidade ou parte do
apoio financeiro ou de outras
vantagens relacionadas à sua
prática esportiva procedentes
dos signatários, dos membros
das organizações signatárias e
dos governos".
Desta forma, a confederação
foi impedida de repassar recursos a Penalber por ser entidade
esportiva olímpica, que obrigatoriamente precisa obedecer ao
regulamento da Wada (Agência
Mundial Antidoping).
Para reparar o erro, a federação fluminense e a confederação retiraram o nome de Penalber da lista de contemplados.
As entidades, porém, alegam
que até hoje aguardam a aprovação de um novo edital e, por
isso, o pagamento só deve começar a ser feito em setembro,
em 12 parcelas.
(JEM)
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