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CBF exige atletas mais perto dos fãs
Ricardo Teixeira e Mano Menezes atendem a apelo dos torcedores
DO ENVIADO A NOVA JERSEY
A torcida quer ficar perto
dos atletas. A CBF a atende.
Fãs e parte dos críticos querem o time no ataque. O técnico Mano Menezes monta
uma das mais ofensivas seleções dos últimos tempos.
Para apagar a era Dunga, a
seleção, que estreia hoje seu
novo técnico, faz tudo ao
contrário da época em que
era dirigida pelo antecessor
de Mano, que até cair na Copa da África tinha índices de
popularidade recorde e era
sinônimo de time vitorioso.
A rota dessa missão passa
por doses enormes de populismo. Em reunião de cerca
de 40 minutos, Ricardo Teixeira, o presidente da CBF,
passou ontem ordens expressas para o time de Mano.
Segundo o cartola, é obrigatório agora os atletas atenderem aos fãs, darem autógrafos e posarem para fotos.
Isso nos hotéis e na entrada e
saída de treinos e jogos. Também se foi o tempo de embarcar no ônibus ainda na pista
dos aeroportos para evitar o
tumulto no desembarque.
Segundo a assessoria da
CBF, não vão valer mais como desculpas ordens dos órgãos aeroportuários e recomendações da polícia para
evitar o contato com os fãs.
"A seleção viverá momento único. Desde 1950 não disputamos uma Copa no Brasil.
E isso cria a necessidade de
uma convivência mais próxima. Precisamos ter os torcedores ao nosso lado. E cabe a
nós conquistarmos essa simpatia", disse Mano Menezes.
No campo, o técnico escalou um time superofensivo
para pegar os EUA. O trio
Ganso, Robinho e Neymar,
que brilhou no Santos, vai jogar. Com eles, Alexandre Pato, centroavante puro. Um
dos volantes será Ramires,
que com Dunga era meia. Os
laterais serão os ofensivos
Daniel Alves e André Santos.
Mano nega que vá ao ataque para agradar ao torcedor. "Não estou escolhendo
essa formação para ser simpático. Faço isso porque nos
vai deixar mais perto da vitória do que da derrota."
E Mano não se gaba por
optar pela formação ofensiva. "Não estamos propondo
nada novo. Só aproveitamos
o fato de termos atletas com
essas característica do meio
para a frente", disse o técnico, que foi questionado por
um repórter dos EUA se Dunga deixara algo de bom.
"Dunga conseguiu resgatar a consideração que os
atletas tinham pela seleção",
falou o novo técnico, que,
sem muito entusiasmo, elogiou a organização tática e as
jogadas de bola parada de
seu antecessor.
(PAULO COBOS)
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