São Paulo, domingo, 10 de setembro de 2006

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Festivo, Palmeiras vence e abençoa camisa nova

Com ex-ídolos na preliminar e estréia de uniforme, time bate São caetano

Palmeiras 3

São Caetano 1

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A tarde era de festa no Parque Antarctica. A promoção de uma empresa ajudou a encher as arquibancadas. Na preliminar, disputada por um time de veteranos do clube contra um combinado de ex-jogadores, Ademir da Guia voltava a vestir a camisa 10 do Palmeiras. Tudo na partida escolhida para marcar a estréia do uniforme alternativo, verde e prata.
Pois, com a bola rolando para valer pelo Brasileiro, o time não decepcionou. Transformou a festa da roupa nova em três pontos a mais na tabela de classificação -tem 30 pontos.
A vitória sobre o São Caetano, que foi parar na zona do rebaixamento, colocou ainda um "ok" na nova camisa, que agora fica livre de quaisquer superstições daquelas típicas do imaginário coletivo do futebol.
A roupa, para felicidade dos idealizadores, poderá ser usada mais vezes pelo clube.
O Palmeiras aproveitou também para tranqüilizar a torcida, com uma resposta logo no jogo seguinte após levar históricos 5 a 1 do Santos.
"Após a goleada que sofremos, ter um público maravilhoso como esse... Não podíamos decepcionar", disse Edmundo.
"A gente vinha em um momento bom. Até agora eu ainda não entendi como perdemos daquele jeito para o Santos", afirmou o volante Wendel. "Mas o professor é o nosso psicólogo e nos ajudou a dar a volta por cima", completou.
A noite serviu também para redenções individuais.
Redenção para Paulo Baier. Ele não desperdiçou a chance de apagar a péssima atuação na Vila Belmiro. O ala estava no meio da área, como um centroavante, para cabecear e marcar o gol que selou a virada palmeirense na partida. Depois, saiu correndo para comemorar com Tite, que ganhou o primeiro abraço.
Mas, diferentemente do desfecho, o início da festa alviverde (com o time vestido de cinza) foi com calafrios.
O São Caetano inaugurou o placar, aos 3min, quando a torcida palmeirense mal acabara de completar o já tradicional rito de gritar o nome de seus atletas. E foi com um golaço que o atacante Marcelinho fez 1 a 0. Ele pegou de primeira o rebote de um escanteio e mandou a bola no ângulo.
Mas, cinco minutos depois, a cabeçada do zagueiro Daniel, após escanteio, empatou o jogo e abriu caminho para a virada.
O segundo tempo, o Palmeiras tentou logo nos primeiros minutos aumentar a vantagem, e a festa, com o quarto gol mas encontrou obstáculos. Primeiro, a trave e depois o árbitro Wilson Luiz Seneme, que marcou impedimento em lance que Paulo Baier anotava seu segundo gol na partida.
O São Caetano até que tentava diminuir ou até empatar o confronto. Chegou a pressionar os palmeirenses e a exigir intervenções do goleiro Diego.
Mas não é de bom tom um convidado estragar a alegria de seu anfitrião. Ainda mais em dia de festa e com roupa nova.


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