São Paulo, domingo, 10 de setembro de 2006

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Calculista, seleção busca feito inédito no GP de vôlei

Time de Zé Roberto derrota as cubanas e, contra a Rússia, tenta pela primeira vez conquistar três títulos seguidos

Saque e concentração foram as principais armas da equipe, que não caiu nas provocações de Cuba e cometeu apenas oito erros

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

A vitória de ontem deu a dimensão do nível atingido pela seleção feminina de vôlei.
Concentrada, calculista e impecável, a equipe brasileira arrasou Cuba por 3 sets a 0 (25/ 20, 25/15 e 25/18) e assegurou a vaga na final do Grand Prix.
Hoje, contra a Rússia, às 15h, o grupo que não desce do topo do pódio desde o amargo quarto lugar nos Jogos de Atenas-2004, busca a consagração.
O hexacampeonato do torneio dá a essa geração a maior hegemonia no campeonato -o terceiro mais importante do vôlei internacional, atrás da Olimpíada e do Mundial. Nunca um time conseguiu três títulos de forma consecutiva.
A supremacia da seleção ontem foi tão grande que, no segundo set, Felipe Calderón usou as brasileiras como exemplo para motivar suas atletas. "Estamos fazendo um papelão. Vejam como elas estão sacando com convicção, como estão atacando", esbravejou o técnico.
Ele tinha razão. Nos primeiros sets, principalmente com a levantadora Fofão, o saque brasileiro destruiu a recepção de Cuba. Apáticas, as caribenhas não conseguiam resistir.
Na terceira etapa, as cubanas esboçaram uma reação. E lançaram mão da provocação, comemorando pontos com gritos na cara das adversárias.
Zé Roberto, que havia antes do jogo batido na tecla "não caiam em provocação", viu suas jogadoras seguirem as instruções à risca. Calculistas e concentradas, as brasileiras retomaram o controle da partida.
"Isso era uma preocupação. Mas hoje elas estavam nos respeitando muito, estavam mais na delas. E é bom não mexer muito com a gente mesmo porque, se isso acontece, vamos para cima", disse a ponta Sassá.
O time teve atuação tão regular que quatro atletas apareceram como as maiores pontuadoras, com nove acertos: a meio Walewska, as pontas Sassá e Jaqueline e a oposto Sheilla.
A quantidade de pontos cedidos ao adversário também foi mínima -8, contra 29 de Cuba.
Os erros foram o maior problema das caribenhas. Elas fizeram mais pontos de ataque (40 a 37) e perderam por uma pequena margem no bloqueio (5 a 3) e no saque (4 a 2).
"Hoje, nosso time jogou muito bem, concentrado o tempo todo. O saque foi fundamental. Ainda perdemos alguns contra-ataques, mas no geral fomos bem", elogiou Zé Roberto.
O rival da decisão, em Reggio Calabria (ITA), será exatamente o que o treinador queria. A Rússia derrotou a Itália, por 3 sets a 2, ontem. "As italianas haviam feito um jogo muito bom contra a China e se mostraram muito fortes," disse.
Cuba também era o adversário dos sonhos de Zé Roberto.
NA TV - Brasil x Rússia Sportv, ao vivo, às 15h


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