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Calculista, seleção busca feito inédito no GP de vôlei
Time de Zé Roberto derrota as cubanas e, contra a Rússia, tenta pela primeira vez conquistar três títulos seguidos
Saque e concentração foram as principais armas da equipe, que não caiu nas provocações de Cuba e cometeu apenas oito erros
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A vitória de ontem deu a dimensão do nível atingido pela
seleção feminina de vôlei.
Concentrada, calculista e impecável, a equipe brasileira arrasou Cuba por 3 sets a 0 (25/
20, 25/15 e 25/18) e assegurou a
vaga na final do Grand Prix.
Hoje, contra a Rússia, às 15h,
o grupo que não desce do topo
do pódio desde o amargo quarto lugar nos Jogos de Atenas-2004, busca a consagração.
O hexacampeonato do torneio dá a essa geração a maior
hegemonia no campeonato -o
terceiro mais importante do
vôlei internacional, atrás da
Olimpíada e do Mundial. Nunca um time conseguiu três títulos de forma consecutiva.
A supremacia da seleção ontem foi tão grande que, no segundo set, Felipe Calderón
usou as brasileiras como exemplo para motivar suas atletas.
"Estamos fazendo um papelão.
Vejam como elas estão sacando
com convicção, como estão atacando", esbravejou o técnico.
Ele tinha razão. Nos primeiros sets, principalmente com a
levantadora Fofão, o saque brasileiro destruiu a recepção de
Cuba. Apáticas, as caribenhas
não conseguiam resistir.
Na terceira etapa, as cubanas
esboçaram uma reação. E lançaram mão da provocação, comemorando pontos com gritos
na cara das adversárias.
Zé Roberto, que havia antes
do jogo batido na tecla "não
caiam em provocação", viu suas
jogadoras seguirem as instruções à risca. Calculistas e concentradas, as brasileiras retomaram o controle da partida.
"Isso era uma preocupação.
Mas hoje elas estavam nos respeitando muito, estavam mais
na delas. E é bom não mexer
muito com a gente mesmo porque, se isso acontece, vamos para cima", disse a ponta Sassá.
O time teve atuação tão regular que quatro atletas apareceram como as maiores pontuadoras, com nove acertos: a meio
Walewska, as pontas Sassá e
Jaqueline e a oposto Sheilla.
A quantidade de pontos cedidos ao adversário também foi
mínima -8, contra 29 de Cuba.
Os erros foram o maior problema das caribenhas. Elas fizeram mais pontos de ataque
(40 a 37) e perderam por uma
pequena margem no bloqueio
(5 a 3) e no saque (4 a 2).
"Hoje, nosso time jogou muito bem, concentrado o tempo
todo. O saque foi fundamental.
Ainda perdemos alguns contra-ataques, mas no geral fomos
bem", elogiou Zé Roberto.
O rival da decisão, em Reggio
Calabria (ITA), será exatamente o que o treinador queria. A
Rússia derrotou a Itália, por 3
sets a 2, ontem. "As italianas
haviam feito um jogo muito
bom contra a China e se mostraram muito fortes," disse.
Cuba também era o adversário dos sonhos de Zé Roberto.
NA TV - Brasil x Rússia
Sportv, ao vivo, às 15h
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