A vitória sobre o Goiás e a derrota do Botafogo em Recife recolocam time na zona de classificação à Libertadores

Palmeiras 2
Goiás 0

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Parque Antarctica em coro vibrou com seis gols na noite de ontem. Na casa do Palmeiras, foram apenas dois. Mas no Recife, o Náutico fazia 4 a 1 no Botafogo, na combinação perfeita para uma noite perfeita.
A 25ª rodada fez os paulistas acreditarem mais uma vez que a Libertadores de 2008 é um sonho real. Tão real quanto os 40 pontos que o time soma na quarta posição, um ponto a mais que os rivais cariocas -o Vasco também tem 39.
"Se o Botafogo perder, será muito importante para a gente voltar ao G4", dizia um ainda desinformado Caio, autor do segundo gol, assim que a partida do alviverde terminou.
No duelo dos alviverdes, nenhuma das camisas em campo faria um torcedor mais desavisado achar que tratava-se de um Palmeiras x Goiás.
Os donos da casa exibiam, pela primeira vez à sua torcida, o terceiro uniforme do time, de um tom fluorescente inédito aos olhos do Parque Antarctica. Os visitantes usaram branco.
E, sob uma visão mais poética, pode-se dizer que as tonalidades mostraram o que foram os primeiros 45 minutos.
Apagados, sem vida, os visitantes dependiam de rápidos -porém, sempre precisos- lampejos do ex-palmeirense Paulo Baier, que a cada passe ouvia vaias em seu ex-lar.
De lançamentos em profundidade do habilidoso jogador nasceram alguns lances ofensivos, porém não perigosos, do conjunto adversário.
Elétricos, ligados em cada toque de bola, os palmeirenses estavam em cada canto do gramado. Com as voltas de Pierre e Makelele, suspensos da última partida, o setor de marcação não deu espaços aos goianos.
A criação, mesmo que às vezes desorganizada, ganhou em mobilidade com Edmundo atuando mais recuado. Max e Caio eram os homens de referência no ataque.
Tanto que as chances do equipe mais "fashion" da noite foram diversas. Na principal delas, aos 32min, saiu o gol do volante Francis. Após Makelele ser travado pelo lateral Diego, a bola sobrou limpa para o palmeirense bater rasteiro, no canto direito de Harlei.
"A gente está impondo um bom ritmo, marcando forte, criando oportunidades. Precisamos manter isso no segundo tempo e matar o jogo", disse o atacante Edmundo.
Receita dada, dever cumprido. Aos 8min, o atacante roubou a bola de Cléber Gaúcho, pela esquerda, e rolou para o meia Caio, de carrinho, empurrar para a meta goiana. 2 a 0, aos gritos de "au, au, au, Edmundo é animal".
Em crescente aceleração, o Palmeiras não baixava a adrenalina do confronto e seguia levando o goleiro Harlei ao desespero. Max, aos 24min, tentou duas vezes. Em ambas, o arqueiro rival executou verdadeiros milagres. Depois, o atacante deu lugar a Luiz Henrique.
Maestro da equipe, Edmundo deixou o campo aos 40min sentindo dores no joelho direito após dividida com o zagueiro Leonardo. Da maca móvel, o nome do jogo ouviu aplausos devidamente retribuídos.
"Com essa vitória a gente espera ter uma semana tranqüila para trabalhar", falou o volante Francis depois do apito final.
O Palmeiras terá, agora, uma semana de descanso. Volta a campo no próximo domingo, contra o Atlético-PR, em Curitiba. Já o Goiás recebe o Náutico, um dia antes, em casa.


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