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Paraná breca a reação do Corinthians
Após duas vitórias seguidas no Brasileiro, equipe paulista perde no PR e volta a ficar próxima da zona de rebaixamento
Paraná 1
Corinthians 0
DA REPORTAGEM LOCAL
A terceira vitória seguida corintiana, mais uma vez, não
chegou. E a reação da equipe no
Brasileiro foi interrompida por
uma das piores equipes do
campeonato. O Paraná ganhou
por 1 a 0, deixou a zona de rebaixamento e freou a euforia do
adversário, que começava a falar em vaga na Libertadores.
A realidade, no entanto, é outra. A derrota levou o time alvinegro para a 12ª posição, com
33 pontos, a apenas quatro do
Flamengo, o primeiro na lista
dos quatro rebaixados.
Para alcançar a zona de cima
da tabela, dos quatro que obtêm vaga ao torneio continental em 2008, a equipe alvinegra
teria de descontar sete pontos
de desvantagem em relação ao
Palmeiras, o quarto colocado.
"Erramos muitos passes e
dessa maneira não conseguimos finalizar. No segundo tempo tentei colocar o time em cima do Paraná, mas eles souberam se defender muito bem.
Não foi um jogo tão ruim, o
campeonato é equilibrado, mas
não esperávamos perder aqui",
disse o técnico Zé Augusto.
O Corinthians emperrou
num problema que se tornou
crônico para o time após a saída
de Willian: teve muita dificuldade para articular jogadas de
ataque. Lulinha, de 17 anos, escolhido para a função, não conseguia organizar a equipe.
Aparentemente, a conversa
que teve com Zé Augusto, que
pediu a ele para se preparar psicologicamente para a partida,
não surtiu efeito. Com pouca
participação em campo, teve,
após belo passe de Vampeta, a
grande chance corintiana. Mas
chutou fraco, na frente do goleiro Gabriel, que defendeu.
Logo após o lançamento,
Vampeta prejudicou a equipe.
Deu carrinho na área e acertou
Paulo Rodrigues. Pênalti.
Josiel, com paradinha, jogou
no canto direito de Felipe, que
foi para o esquerdo: 1 a 0, aos
25min. Foi o 17º gol de Josiel,
artilheiro do Brasileiro.
Mesmo após o gol, a disposição tática da equipe alvinegra
não se alterou. Os corintianos
pouco se arriscavam no ataque
e, para piorar, sofriam pressão.
Uma chance, nessas condições, só poderia vir num erro
do adversário. E aconteceu.
Mas Finazzi a desperdiçou, na
frente do goleiro Gabriel.
"Toda vez que pegamos a bola não estamos sabendo o que
fazer com ela. Precisamos encontrar o equilíbrio para chegar ao gol", disse o técnico Zé
Augusto no intervalo.
No segundo tempo, o time
começou melhor, saindo mais
para o jogo. Zé Augusto desfez
seu esquema com três zagueiros. Tirou Marinho e pôs o atacante Clodoaldo. A pressão desejada, de fato, não ocorreu.
Mostrava-se afobado, errava
passes demais e Gabriel foi mero espectador da partida durante todo o segundo tempo.
O Corinthians volta a campo
na próxima quarta, contra o
Botafogo, pela Sul-Americana e
tem de vencer por 2 a 0. Depois,
pega, de novo, a equipe carioca,
no domingo, pelo Brasileiro.
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