São Paulo, segunda-feira, 10 de setembro de 2007

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Paraná breca a reação do Corinthians

Após duas vitórias seguidas no Brasileiro, equipe paulista perde no PR e volta a ficar próxima da zona de rebaixamento

Paraná 1
Corinthians 0

DA REPORTAGEM LOCAL

A terceira vitória seguida corintiana, mais uma vez, não chegou. E a reação da equipe no Brasileiro foi interrompida por uma das piores equipes do campeonato. O Paraná ganhou por 1 a 0, deixou a zona de rebaixamento e freou a euforia do adversário, que começava a falar em vaga na Libertadores.
A realidade, no entanto, é outra. A derrota levou o time alvinegro para a 12ª posição, com 33 pontos, a apenas quatro do Flamengo, o primeiro na lista dos quatro rebaixados.
Para alcançar a zona de cima da tabela, dos quatro que obtêm vaga ao torneio continental em 2008, a equipe alvinegra teria de descontar sete pontos de desvantagem em relação ao Palmeiras, o quarto colocado.
"Erramos muitos passes e dessa maneira não conseguimos finalizar. No segundo tempo tentei colocar o time em cima do Paraná, mas eles souberam se defender muito bem. Não foi um jogo tão ruim, o campeonato é equilibrado, mas não esperávamos perder aqui", disse o técnico Zé Augusto.
O Corinthians emperrou num problema que se tornou crônico para o time após a saída de Willian: teve muita dificuldade para articular jogadas de ataque. Lulinha, de 17 anos, escolhido para a função, não conseguia organizar a equipe.
Aparentemente, a conversa que teve com Zé Augusto, que pediu a ele para se preparar psicologicamente para a partida, não surtiu efeito. Com pouca participação em campo, teve, após belo passe de Vampeta, a grande chance corintiana. Mas chutou fraco, na frente do goleiro Gabriel, que defendeu.
Logo após o lançamento, Vampeta prejudicou a equipe. Deu carrinho na área e acertou Paulo Rodrigues. Pênalti.
Josiel, com paradinha, jogou no canto direito de Felipe, que foi para o esquerdo: 1 a 0, aos 25min. Foi o 17º gol de Josiel, artilheiro do Brasileiro.
Mesmo após o gol, a disposição tática da equipe alvinegra não se alterou. Os corintianos pouco se arriscavam no ataque e, para piorar, sofriam pressão.
Uma chance, nessas condições, só poderia vir num erro do adversário. E aconteceu. Mas Finazzi a desperdiçou, na frente do goleiro Gabriel.
"Toda vez que pegamos a bola não estamos sabendo o que fazer com ela. Precisamos encontrar o equilíbrio para chegar ao gol", disse o técnico Zé Augusto no intervalo.
No segundo tempo, o time começou melhor, saindo mais para o jogo. Zé Augusto desfez seu esquema com três zagueiros. Tirou Marinho e pôs o atacante Clodoaldo. A pressão desejada, de fato, não ocorreu. Mostrava-se afobado, errava passes demais e Gabriel foi mero espectador da partida durante todo o segundo tempo.
O Corinthians volta a campo na próxima quarta, contra o Botafogo, pela Sul-Americana e tem de vencer por 2 a 0. Depois, pega, de novo, a equipe carioca, no domingo, pelo Brasileiro.


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