O treinador Zé Roberto Guimarães definirá a seleção brasileira feminina que disputará o Sul-Americano

NO DIA 20, o técnico da seleção, Zé Roberto Guimarães, terá a resposta se poderá contar com Jaqueline no Sul-americano.
Nesse dia, será o julgamento da atacante, flagrada em exame antidoping na Itália. Ela não disputou o Pan e quinta-feira cumpre dois meses de suspensão preventiva.
Como o Sul-americano começa dia 26, no Chile, o técnico convocou 13 atletas. Caso Jaqueline seja liberada para jogar, ele terá que cortar uma das quatro centrais convocadas. Como Fabiana e Walewska são titulares, a briga será entre Thaísa e Carol Gattaz. Nos treinos, Natália, 18 anos e 1,84 m, está impressionando a comissão técnica e as companheiras. Ela pega a bola bem lá no alto e tem muita força. Há quem diga que a ponteira tem mais potência de ataque e alcance de bola que Ana Moser, a principal atacante da história do vôlei brasileiro.
Natália já era para estar na seleção desde os Jogos Pan-americanos. Só não foi convocada por causa do Mundial Juvenil, competição na qual o Brasil foi campeão e ela foi eleita a melhor jogadora do torneio.
Natália tem características que estão faltando à seleção: uma atacante realmente de força e de bolas altas.
Mari é a que mais se aproxima desse perfil, mas não conseguiu se firmar como ponteira titular por causa do passe, e, por problemas de relacionamento, por enquanto está afastada do grupo.
O time está treinando em Saquarema, mas a principal preocupação não é com o Sul-americano, torneio que reúne adversários bem frágeis. Argentina e Peru, as seleções melhorzinhas, não são páreo para o Brasil. A única importância do Sul-americano é que vale vaga para a Copa do Mundo.
A comissão técnica vai estar de olho mesmo no Campeonato Europeu, que será disputado a partir do dia 20 em dois países: Bélgica e Luxemburgo. Desse torneio, sairão os principais adversários para a Copa do Mundo, que será disputada em novembro, no Japão, e que vale três vagas para Pequim.
Espiões brasileiros estarão gravando os jogos do Europeu. As principais forças são: Rússia, atual campeã mundial; Itália, reforçada pela cubana Taismaris Aguero; Holanda, que virou seleção permanente e em agosto foi campeã do Grand Prix; e a Polônia, que pode surpreender.

MEDALHA ROUBADA
A ex-levantadora Rosa Garcia, uma das estrelas da seleção peruana de vôlei nos anos 80 e 90, tem motivos para ficar triste. A sua casa, em Lima, foi assaltada e, entre os objetos roubados, os assaltantes levaram a medalha de prata conquistada pelo Peru nos Jogos Olímpicos de Seul, em 88.

RUMO AO JAPÃO
O ex-atacante Jorge Édson, campeão olímpico em 92, está de malas prontas. No próximo dia 18, ele viaja para Osaka, no Japão. Vai ser assistente técnico do time da Panasonic. Além dele, a equipe terá outro reforço brasileiro: o ponteiro Felipe Chupita, que atuava no Modena, na Itália.